Ato contra as reformas é hoje no Sindicato
Os metalúrgicos do ABC participam hoje, às 9h, do ato contra as reformas Trabalhista e da Previdência na Sede. O dia de mobilizações e paralisações foi convocado pela CUT e demais centrais sindicais. Na noite de quarta-feira, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, CCJ, do Senado aprovou o relatório da reforma Trabalhista.
“Só a unidade, organização e luta da classe trabalhadora podem impedir o desmonte dos direitos conquistados. A resistência contra os ataques ao futuro de cada um será com muita garra”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
“Vamos mostrar a nossa indignação contra as reformas”, convocou.
Nas últimas semanas, o Sindicato realizou assembleias e panfletagens nas fábricas da base para alertar a categoria sobre os retrocessos que as medidas representam.
Em todo o Brasil serão organizados atos hoje. “A única saída para impedir que o plenário do Senado aprove a reforma é parar o Brasil. A classe trabalhadora corre o risco de ser submetida a condições de trabalho semelhantes a que tínhamos na época da escravidão”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Em São Paulo, o ato será na Avenida Paulista, com concentração às 16h no vão livre do Masp. A manifestação é organizada pelas centrais sindicais e pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
A luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores e contra as reformas são temas da Campanha Salarial 2017 da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT.
Reforma Trabalhista
A CCJ do Senado aprovou a reforma Trabalhista por 16 votos a favor, nove contra e uma abstenção o relatório do senador Romero Jucá, do PMDB-RR.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB-CE, afirmou que quer colocar a reforma em votação na semana que vem ou na próxima, antes do recesso parlamentar de 17 de julho.
Foi a 3ª e última comissão a analisar a proposta, que segue para votação final em plenário com os pareceres da Comissão de Assuntos Econômicos, que é favorável ao texto, e da Comissão de Assuntos Sociais, que votou pela rejeição.
A votação em plenário será em um turno por maioria simples. Se aprovada, segue para sanção presidencial. Se alterada, retorna para a Câmara. Se for rejeitada, é arquivada.
MAIORIA SIMPLES E MAIORIA ABSOLUTA
Maioria simples é a metade dos senadores presentes em plenário, mais um.
Maioria absoluta é a metade de todos os parlamentares mais um. No caso do Senado, com 81 senadores, a maioria absoluta é 41.
Da Redação.