Trabalhadores dizem não às reformas

Foto: Adonis Guerra

Os metalúrgicos do ABC, juntamente aos trabalhadores de diversas categorias e mo­vimentos sociais da região, realizaram ato contra as reformas Trabalhista e da Previdência na sexta-feira, dia 30. A luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores e contra as reformas são temas da Campanha Salarial 2017 da Federação Es­tadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT.

A entrega da pauta da Campanha Salarial para a bancada patro­nal é hoje, às 10h, no Sindipeças, e às 14h30, na Fiesp. A Assembleia Geral de Campanha Salarial dos Metalúrgicos do ABC será no dia 11, às 18h, na Sede.

O dia de mobilizações e paralisações foi convoca­do pela CUT e demais centrais sindicais. A concentração do ato foi na Sede e, em seguida, houve caminhada pela rua Marechal Deodoro até a praça da Matriz, no Centro de São Bernardo.

“O momento é grave, nunca vimos tanta sede da elite em atacar as conquistas históricas da nossa socieda­de. Esses que estão no poder não olham pelo povo, pela indústria nacional, por empregos e oportunidades”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques. “Somen­te com a nossa unidade vamos recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento social e produtivo”, prosseguiu.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou a importância das mobilizações em todo o País. “São deformas, isso o que estão tentando fazer sem nenhuma legitimidade ao destruir a Previdência e desmontar a legislação trabalhista”, explicou.

“Se pensam que vão retirar direitos, podem esquecer. Aqui tem trabalhador organizado e vai ter muita luta pela frente”, chamou.

Em São Paulo, o ato contra as reformas foi no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

“O governo quer fa­zer a reforma da Previ­dência porque diz que ela está quebrada, mas perdoou R$ 25 bilhões de dívida do banco Itaú. Não podemos aceitar isso”, vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva

“As empresas devem milhões em ICMS ao Es­tado e os trabalhadores não vão pagar a conta. Eles anistiam a dívida dos empresários e cortam direitos da classe traba­lhadora”, deputado esta­dual, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba

“Os deputados e se­nadores precisam saber que o povo está de olho na votação deles. Temos que continuar a jornada de lutas em defesa dos direitos fundamentais”, deputado federal Vi­cente Paulo da Silva, o Vicentinho

“Não vamos permitir os absurdos com a Lei da Terceirização e a des­construção da legislação trabalhista e da Previ­dência Social. É nas ruas que poderemos reverter o quadro”, secretário-geral da CUT-SP, João Cayres

Da Redação.