FEM-CUT inicia debate de Campanha Salarial com Grupo 10 e Estamparia
Reunião com o Grupo 10. Foto: Edu Guimarães
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, iniciou ontem as negociações de Campanha Salarial com os representantes patronais do Grupo 10 e da Estamparia, na sede da Fiesp, em São Paulo.
Pela manhã, a FEM-CUT propôs ao G10 um plano de trabalho que prevê, inicialmente, o debate das cláusulas pré-existentes, que demandam ajustes de redação e que não têm impacto econômico. Em seguida, as cláusulas novas e, por fim, as cláusulas de resistência, que tem como objetivo barrar os efeitos do desmonte das leis trabalhistas e também a terceirização irrestrita.
“Devemos debater incansavelmente a reforma Trabalhista e qual será a reação dos trabalhadores no chão de fábrica em 12 de novembro, data que passa a vigorar o que foi aprovado no Congresso Nacional que desmonta as leis de trabalho no Brasil”, afirmou o secretário-geral da FEM-CUT, Adilson Faustino, o Carpinha.
Após rachar com o G8, o Sindratar, das indústrias de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar, passa agora a integrar o G10. O jurídico da Fiesp analisa as cláusulas contidas nas duas convenções para identificar quais serão os pontos que precisarão de adaptações.
A secretária da Mulher da FEM-CUT, Andrea Sousa, a Nega, destacou que as reformas são demandas dos patrões atendidas pelo governo. “O que precisa ficar entendido é que a classe trabalhadora não conquistou nada sem luta até aqui e não aceitaremos a retirada de nenhum direito. Nós resistiremos”, disse.
O coordenador da Regional Diadema do Sindicato, Claudionor Vieira do Nascimento, ressaltou que a bancada patronal não pode descartar os avanços até o momento.
“Avançamos na relação capital e trabalho e aprendemos a negociar. Queremos que os patrões assumam o compromisso de manter este espaço e de debater incessantemente e com seriedade os casos que ameacem essa relação”, explicou.
Estamparia
Foto: Adonis Guerra
À tarde, teve início a discussão com os representantes patronais da Estamparia. A Federação também estabeleceu um plano de trabalho para debater as reivindicações dos trabalhadores.
A cláusula do trabalhador acidentado ou portador de deficiência profissional foi atacada pelos patrões, que defendem a possibilidade de serem incluídos na cota de trabalhadores com deficiência.
Nas duas reuniões de ontem, a FEM-CUT propôs uma cláusula de salvaguarda que garanta o debate específico sobre a aplicação e os impactos da reforma Trabalhista.
Hoje estão marcadas rodadas de negociação com o G3 e o Sindicel. Amanhã está prevista reunião com a Fundição.
As negociações com as bancadas patronais tiveram início na semana passada com o G3, Sinafer, Sianfesp, Simefre e Sicetel.
A Campanha Salarial 2017 tem como tema “Resistência, Unidade e Luta”. A data-base é 1º de setembro e estão em Campanha 198 mil trabalhadores na base da FEM-CUT no Estado de São Paulo.
Da Redação.