Diretoria Plena estuda estratégias contra a reforma Trabalhista

Foto: Edu Guimarães

Em reunião na manhã de ontem, os integrantes da Diretoria Plena do Sindica­to discutiram os principais pontos da reforma Traba­lhista que atacam os direitos dos trabalhadores.

“Temos que conhecer a fundo a lei 13.467, que já foi aprovada e entra em vigor no dia 11 de novembro, e estar­mos preparados para fazer o debate com os companheiros nas fábricas e na sociedade”, defendeu o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oli­veira da Silva.

“São mais de 100 pontos da CLT alterados pela refor­ma e precisamos aprofundar cada item para fazer a resis­tência contra essa tentativa de massacre aos direitos trabalhistas”, continuou.

Aroaldo explicou que a Federação Estadual dos Me­talúrgicos da CUT, a FEM-CUT, busca o contraponto nas negociações da Campa­nha Salarial.

“A reforma Trabalhista acaba com a ultratividade, que assegura a validade de uma Convenção Coletiva até que uma nova seja assinada. Será preciso muita mobi­lização dos companheiros para pressionar as empresas e garantir que os direitos continuem valendo até o fim da negociação da Campanha Salarial”, disse.

Os CSEs receberam uma cartilha com 14 pontos cru­ciais da reforma Trabalhista e edições da Tribuna sobre o tema.

“As alterações foram fei­tas para atender exclusiva­mente ao interesse dos pa­trões ao permitir uma série de contratos precários com jornadas extensas e redução de direitos”, afirmou.

“A quem interessa o enfra­quecimento dos sindicatos e a ‘negociação’ individual com cada trabalhador? Só aos patrões, que poderão fa­zer o que quiserem, inclusive nas homologações, bancos de horas e negociações que retiram o mínimo de direitos e passam a valer acima da lei”, prosseguiu.

O secretário-geral tam­bém informou a Diretoria Plena sobre os principais pontos discutidos no Semi­nário de Planejamento do Conselho da Executiva.

“São muitos os desafios que estão colocados a essa nova diretoria na defesa da classe trabalhadora. Será preciso muita interação, organização e preparo dos dirigentes para fortalecer a luta no chão de fábrica”, disse.

Brasil Metalúrgico

Como parte do enfren­tamento às reformas Tra­balhista, da Previdência e a Lei da Terceirização irres­trita, o movimento “Brasil Metalúrgico” foi criado por representantes de confedera­ções, federações e sindicatos ligados às centrais sindicais CUT, Força Sindical, CS­P-Conlutas, Intersindical, CTB, CSB e UGT.

“Ao mesmo tempo em que aprofundamos os pontos da legislação trabalhista, faremos a luta na categoria. Os metalúrgicos do Brasil definiram a semana que vem para realizar uma série de mobilizações nas fábricas”, convocou.

As atividades serão um ‘esquenta’ para o Dia Na­cional de Luta, Protestos e Greves contra a redução de direitos, que será no dia 14 de setembro, e para a Plená­ria Nacional dos Metalúr­gicos, marcada para 29 de setembro.

Da Redação.