195 anos depois: não há o que comemorar
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No dia 7 de setembro de 1822, o Brasil se libertava dos domínios de Portugal. Às vésperas da comemoração da proclamação da Independência, 195 anos depois, temos que fazer uma reflexão sobre a soberania do País.
Mais de um ano após o golpe parlamentar, que retirou a vontade popular das urnas, com apoio do judiciário e da mídia conservadora e comercial, estamos cada dia mais dependentes.
O governo golpista de Temer anuncia, promove e financia a venda do patrimônio que pertence a todos os brasileiros, em um verdadeiro desmonte de Estado.
Há dois meses, a nossa maior empresa estatal, a Petrobras, comandada hoje pelos pares de Temer, iniciou a venda de sete conjuntos de campos em águas rasas, totalizando 30 concessões.
A divulgação, pasmem, faz parte de um plano de ‘desinvestimentos’ da estatal e está incluído no pacote entreguista de Temer, que ainda quer vender 57 empresas nacionais, entre elas a Eletrobras.
O dito plano, se colocado em prática, será a maior privatização da história, desde a era FHC, que praticou a mesma política neoliberal, quebrando o País por três vezes, recorrendo a empréstimos do Fundo Monetário Internacional, o FMI, e gerando uma massa de desempregados.
Além disso, o povo brasileiro ainda assistiu a liberação ao setor privado de pesquisa mineral em uma área da Amazônia.
Com as decisões de Temer, seremos mais dependentes ainda do sistema financeiro, subordinados a uma dívida que corrói nossos direitos, jogando milhões na miséria e no desemprego novamente, com as chamadas ‘reformas’.
Falta muito para sermos independentes. Não há o que comemorar no próximo dia 7 de setembro.
Da Redação.