Mulheres realizam ato na Sede em homenagem à companheira assassinada

Foto: Adonis Guerra

Na tarde de segunda-feira, 30, a Comissão das Metalúrgicas do ABC realizou ato na Sede para encerrar o mês da Campanha Basta! Mulher não é saco de pancadas. A caminhada que estava prevista pela rua Marechal Deodoro até a Praça da Matriz foi cancelada por conta da chuva.

Representantes da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, do Levante Popular da Juventude, do mandato da vereadora Ana Nice e do deputado estadual Teonílio Barba, da Marcha das Mulheres Negras, da ocupação Povo Sem Medo, prestaram homenagens a companheira Geyse, assassinada em agosto quando chegava à empresa Revoluz, em Diadema.

Para a coordenadora da Comissão, Maria do Amparo Ramos, este debate iniciado em outubro com as companheiras nas fábricas deve ser permanente. “Nós vamos continuar realizando conversas sobre este assunto, mas é imprescindível que as companheiras estendam o debate também aos seus companheiros, filhos, familiares e nas comunidades em que vivem. É preciso que a conversa seja multiplicada além das fábricas”.

“Essa luta é de todas e todos. Os números da violência contra mulher são assustadores, esse é um problema social que precisa ser combatido com um longo processo de educação e formação” acrescentou a diretora executiva do Sindicato, responsável pela Formação, Michelle Marques.

“Além da nossa luta contra a violência, precisamos lembrar que estamos sendo agredidas com a proposta de reforma da Previdência que iguala o tempo de aposentadoria para homens e mulheres e também com a reforma Trabalhista que permite que a trabalhadora grávida ou que está amamentando permaneça em local insalubre”, lembrou a secretária da Mulher da FEM-CUT, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega.

Foto: Edu Guimarães

Debate na Scania

Na sexta-feira, 27, a Comissão das Metalúrgicas conversou com as trabalhadoras na Scania, em São Bernardo, por quase uma hora. A CSE, Tereza Aparecida Oliveira, contou que o encontro emocionou as mulheres na fábrica.

“Foi muito gratificante, as companheiras gostaram muito de ter participado, interagiram e pediram para que essas conversas aconteçam mais vezes. Trazer este assunto para ser discutido dentro das empresas é muito importante neste momento tão difícil e complexo que estamos vivendo ”. 

Da Redação