Trabalho no mundo – Petroleiros colombianos encerram greve contra terceirização
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Aproximadamente quatro mil trabalhadores na Ecopetrol, na Colômbia, filiados à IndustriALL, finalizaram a greve iniciada em 27 de novembro, após terem aberto diálogo com a empresa.
Durante 60 horas, os petroleiros pararam as atividades nas 53 estações de bombeamento de hidrocarbonetos da empresa em todo o país e realizaram protestos.
A mobilização aconteceu por conta da ameaça de privatização do sistema de transporte de hidrocarbonetos, pela Ecopetrol, e de transferir todos os trabalhadores do sistema de manutenção e contratar empreiteiros no lugar e pelo descumprimento do Acordo Coletivo e do Código Substantivo.
O conflito se intensificou porque, recentemente, o ministro das Finanças da Colômbia, Mauricio Cárdenas, disse que a maior subsidiária da Ecopetrol, a Cenit, deveria se registrar na Bolsa de Valores da Colômbia. A possibilidade de vender algumas das ações da empresa foi considerada como privatização para os trabalhadores do petróleo.
“Apesar dos riscos da venda da Ecopetrol, os colombianos retêm 89% da empresa. O povo colombiano impedirá que a venda parcial ou total de ativos de petróleo seja concretizada”, afirmou o sindicato da categoria em um comunicado oficial.
O documento informa ainda que “a empresa comprometeu-se a responder às demandas dos trabalhadores, e o sindicato continuará a desenvolver ações fortes para avançar na defesa de seus direitos, já que a negociação de uma lista de demandas está próxima”.
“É lamentável que os governos, em vez de proteger seus povos, permitam a entrega de nossa riqueza e sujeitem as pessoas aos empregos e aos salários precários. Felicitamos os trabalhadores da Ecopetrol pela sua luta justa e estratégica, e nos solidarizamos com os trabalhadores e o povo colombiano. Vamos parar o trabalho precário!”, disse o secretário regional da IndustriALL, Marino Vani.
Da Redação.