Centrais definem Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência em 19 de fevereiro
Foto: Assessoria Força Sindical
A CUT e as demais centrais sindicais aprovaram a realização da Jornada Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência em reunião na manhã de ontem, em São Paulo.
Com o tema de mobilização “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”, as centrais orientam os sindicatos a manterem o estado de alerta em todo o País.
“O dia 19 de fevereiro será o Dia Nacional de Luta e orientamos pela aprovação do estado de greve nas bases. É o momento de intensificar os debates sobre os impactos da medida e pressionar os deputados, especialmente nos bairros onde moram, nas casas e junto aos vizinhos”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
O governo Temer repassou a lista de deputados indecisos para que empresários e agentes do mercado ajudem no convencimento desses parlamentares a favor da reforma.
“Os trabalhadores podem mandar mensagens aos deputados e dar o recado de que este ano é ano de eleição e estamos de olho em como vão votar o desmonte da aposentadoria”, explicou. (Confira ao lado o site Na Pressão)
Nos próximos dias, os Metalúrgicos do ABC organizam assembleias para mobilizar a categoria.
“É importante que todos fiquem atentos para o chamado do Sindicato. Vamos fazer um grande debate e atos para impedir essa atrocidade que querem fazer com a aposentadoria dos trabalhadores”, convocou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
Sem respaldo
Temer não tem o apoio político nem do líder do MDB no Senado, Raimundo Lira. O PMDB voltou a se chamar MDB em dezembro.
“Como é um assunto tão importante, deveria ser feito com a profundidade necessária e com o apoio e o convencimento da população. Somente um presidente eleito pode fazer isso”, defendeu Lira, em entrevista ao Congresso em Foco.
SINDICALISTAS REPUDIAM CAMPANHA NA MÍDIA
Foto: Gabriel Cardoso/SBT
As centrais sindicais repudiaram a campanha enganosa de Temer pela reforma da Previdência. A entrevista ao apresentador Ratinho, do SBT, na segunda, completou três dias de aparições em programas populares.
Há 28 anos, Silvio Santos recebia a ministra de Collor, Zélia Cardoso, para apoiar o confisco da poupança dos brasileiros. No domingo, o apresentador recebeu Temer para defender a reforma.
Foto: Reprodução
Na Pressão
A reforma da Previdência precisa de 308 votos para ser aprovada em plenário da Câmara dos Deputados. Para pressionar os parlamentares, a CUT lançou em junho do ano passado o site napressao.org.br, que permite contatar os parlamentares por e-mail, mensagens, telefone ou redes sociais.
No Estado de São Paulo, são 17 parlamentares contra os trabalhadores, 33 indecisos e 20 deputados contra a reforma da Previdência.
No Brasil, são 173 deputados que já se posicionaram pelo fim da aposentadoria, 195 indecisos e 153 contra.
Da Redação.