Mensalistas na Mercedes estão mobilizados

Fotos: Edu Guimarães

Os companheiros na Mer­cedes, em São Bernardo, aprovaram ontem em as­sembleia a disposição de luta para barrar as demissões anunciadas pela empresa. A direção da mon­tadora oficializou que pretende demitir 250 trabalhadores men­salistas e reduzir salários em 5% com redução de jornada.

“O Sindicato não aceita nem as demissões nem a proposta apresentada pela empresa. Se for preciso fazer a luta para garantir os empregos, ela terá que ser feita por todos os mensalistas”, afirmou o coordenador do CSE na monta­dora, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max.

Max destacou que a situação atual é contraditória, já que a dire­ção da empresa ameaça reduzir as áreas administrativas, ao mesmo tempo em que contrata trabalha­dores para as áreas de produção.

O coordenador também lembrou que essa é a época de começar a discutir o reajuste salarial. “Estamos iniciando o processo das negocia­ções da nossa data-base e da PLR, com todos os empecilhos colocados pela nova legislação trabalhista. Não queremos ficar discutindo abono, como a empresa propôs, queremos reajuste incorporado aos salários e não redução salarial”.

“Nosso desafio é garantir a aplica­ção de um percentual de reajuste incorporado nos salários e renovar as cláusulas sociais”, completou.

Ao longo do dia, a representação dos Metalúrgicos do ABC realizou conversas com trabalhadores dos diversos turnos para explicar a situ­ação, o posicionamento do Sindicato e a necessidade de mobilização.

HISTÓRICO DE LUTA

Desde 2016, a empresa vem alegando a necessidade de reduzir o quadro administrativo, mas em 2017 o Sindicato conseguiu um acordo de estabilidade para todos os tra­balhadores, sem reajustes de salários, mas sem nenhuma demissão.

“Depois de alguns anos de muita luta, com perdas e ga­nhos, chegamos ao ponto de ver concretizar o resultado de todo esse processo, com a inauguração da nova fábrica de caminhões em São Bernardo”, lembrou o coordenador.

Da Redação.