Reforma e terceirização causam mais riscos à saúde do trabalhador
Com a manutenção do texto original da reforma Trabalhista e a Terceirização irrestrita, mais questões relacionadas à saúde do trabalhador se somam às preocupações dos cipeiros. Entre elas o item que libera gestantes e lactantes para trabalhar em locais insalubres, a exclusão do acidente de trajeto como acidente de trabalho e a descaracterização da atividade-fim.
A reforma Trabalhista não reconhece o acidente de trajeto como acidente de trabalho, considera que o trabalhador não está à disposição da fábrica assim que sai de casa, mesmo com transporte fornecido pela empresa. “Esse entendimento faz com que todas as consequências do acidente deixem de ser consideradas, inclusive a possibilidade de estabilidade. O Sindicato defende que o acidente de trajeto é sim acidente de trabalho”, afirmou o diretor executivo, responsável pelo Departamento de Saúde do Sindicato, Carlos Caramelo.
Outra questão é a descaracterização da atividade-fim que pode alterar a regra de aposentadoria. “Por conta da flexibilização da mão de obra, via terceirização, em um dia o trabalhador está na prensa, por exemplo, e no seguinte pode estar realizando outra atividade. Isso descaracterizaria a exposição ao risco, o que não vai gerar tempo de aposentadoria especial”, explicou.
Sobre a possibilidade de grávidas e lactantes trabalharem em áreas insalubres, o diretor destacou que, mesmo em grau leve, como diz texto da reforma, o Sindicato é contra qualquer tipo de exposição.
“Há uma grande variedade de produtos nocivos em ambiente insalubre que podem prejudicar a grávida, a lactante ou o bebê, tudo depende do organismo de cada um. Nossa posição é que a trabalhadora seja afastada da área para não correr nenhum tipo de risco”, ressaltou.
Da Redação.