Fala Wagnão – Temos que nos indignar todos os dias até que Lula esteja solto
Foto: Adonis Guerra
Nossa luta nunca foi uma luta fácil, nunca foi tranquila. Nossa luta sempre foi a partir da nossa vontade, do nosso desejo, mas não de lutar por nós mesmos, lutamos pelas próximas gerações, pela vontade daqueles que querem fazer deste um País diferente do que está sendo construído agora.
O País que está sendo construído é o do ódio, onde você não pode conversar com seu primo, com seu irmão, onde você, num bar ou num campo de futebol, não pode discutir política ou argumentar o que você pensa para um mundo diferente, um mundo de paz e tranquilidade em que as pessoas tenham direitos.
O País que está sendo construído agora não tem direito nenhum, o trabalhador é uma mercadoria, um produto a ser vendido, passa a ser mão de obra descartável.
Questões como moradia, saúde, educação, que são privilégios de poucos, nos unem na luta. Colocam a classe trabalhadora urbana e do campo no mesmo lugar.
Temos hoje o maior representante dessa luta aprisionado. A prisão dele significa que você, companheiro e companheira, que luta por esses direitos, também pode ser preso a qualquer instante. Porque se podem prender o maior lutador por esses direitos, podem prender qualquer um de nós.
Portanto, o que nós fazemos hoje não é lutar, não é se indignar no 30º dia, é se indignar no 29º, no 31º, até o dia que ele esteja na rua livre, solto, difundindo suas ideias como qualquer outro trabalhador desse mundo e deste País.
Isso é defender a democracia, não a democracia daqueles que querem nos intimidar com armas, intolerância e ódio. Lula é vítima de uma injustiça contra milhões de trabalhadores que continuam defendendo aquilo que por 40 anos ele defende.
Da Redação.