O adeus ao companheiro Wagner Lino
Foto: Amanda Perobelli
Milhares de companheiros e companheiras, entre sindicalistas, militantes, deputados, vereadores, advogados, jornalistas e amigos acompanharam ontem o enterro de Wagner Lino, aos 71 anos, no Cemitério da Vila Euclides, em São Bernardo. Ele lutava contra um câncer e faleceu no início da noite de segunda, 2.
A Diretoria dos Metalúrgicos do ABC lamentou a morte de Wagner Lino, que começou sua militância em 1967, no movimento estudantil de Santos, combatendo a ditadura militar e entrou para a categoria em março de 1978, mesmo ano em que se filiou ao Sindicato.
“É uma grande perda para nós. É a perda do convívio com um ser humano extraordinário, que dedicou a sua vida à luta contra as desigualdades sociais e nunca se esqueceu de seu compromisso com os trabalhadores. Seu exemplo é eterno”, afirmou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
Em 1980, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e toda a diretoria do Sindicato foi presa pelo regime ditatorial, integrou o comando que liderou a greve de resistência por mais de 24 dias.
Também foi enquadrado na lei de segurança nacional, como Lula e os demais companheiros.
Em 1982, foi eleito vereador pelo Partido dos Trabalhadores, o PT de São Bernardo e reeleito em 1988 e 1992.
De 1994 a 2002, eleito, exerceu o mandato de deputado estadual. Ainda neste período, em 1996, foi candidato a prefeito de São Bernardo. Em 2004 foi eleito vereador e reeleito em 2008. Foi subprefeito do Riacho Grande, durante a gestão do prefeito Luiz Marinho.
Wagner Lino era advogado formado pela Faculdade de Direito de São Bernardo e graduado em Gestão Pública pela Universidade Metodista de São Paulo, a Umesp. Pós-graduado em Gestão Ambiental pela Fundação Santo André e pós-graduando em Políticas Públicas pela Umesp.
Deixa dois filhos, Thiago e Rafael e sua companheira Creusa Trevisan. Companheiro Wagner Lino, presente!
Foto: Roberto Parizotti
Da Redação.