FEM-CUT firma compromisso com o patronal para que não haja retirada de direitos
Entendimento define que os patrões não poderão aplicar as maldades da reforma Trabalhista até a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho
Foto: Adonis Guerra
Na reunião da Diretoria Plena, realizada ontem, na Sede, o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, Luizão, contou aos companheiros como estão as negociações com o patronal na Campanha Salarial 2018. Ele destacou o compromisso firmado com os grupos e a falta de compromisso do G10.
“Todos os grupos têm um entendimento firmado conosco de que enquanto persistirem as negociações, eles darão um breque e farão algo para que o patrão não cometa nenhuma maldade com o trabalhador. Mas isso ainda não significa uma garantia, para ter a garantia é necessário chegar a uma Convenção Coletiva de Trabalho”.
Os representantes do Grupo 10, conforme lembrou o dirigente, ignoram as negociações. “O dono do pato, o maior financiador do golpe, é o responsável pelo Grupo 10 que não fez nenhuma reunião conosco. Ele, que quer ser govenador do Estado de São Paulo, pediu o negociado sobre o legislado, mas não tem coragem de sentar para discutir com a gente”, denunciou.
“Vamos ter que nos mobilizar e pressionar para não permitir que esses trabalhadores sofram sem uma Convenção”, enfatizou.
Com os demais grupos, Luizão destacou que há um processo avançado de diálogo que começou meses antes do início da Campanha. “Estamos ainda tentando emplacar a cláusula que será umas das nossas grandes conquistas, a estabilidade para o companheiro ou a companheira diagnosticado com câncer. Temos insistido o tempo todo que essa é uma questão fundamental para chegar a um entendimento. Não é possível a pessoa com esse diagnóstico perverso receber uma carta de demissão, isso é desumano ao extremo”.
A respeito do reajuste salarial, tão questionado pelos trabalhadores nas fábricas, o presidente lembrou que ainda não houve nenhuma tratativa sobre a questão econômica. “É necessário chegar primeiro a um entendimento sobre as cláusulas sociais. Como hoje o ambiente de negociação favorece o empresariado, certamente eles querem ver como ficam as convenções para depois começar a discutir a questão econômica. Mas posso reafirmar aqui, a FEM-CUT não vai assinar nenhum acordo este ano sem aumento real”, concluiu.
A FEM-CUT representa aproximadamente 200 mil metalúrgicos no Estado. A data base é 1º de setembro. O tema da Campanha Salarial este ano é um chamado a toda categoria: ‘Se você acha que o Sindicato pode fazer mais, faça com a gente’.
Da Redação.