Fala Wagnão – Educação: Congelamento de gastos será extremamente danoso às futuras gerações
Wagnão chama atenção para o desafio do próximo governo com a educação, esse instrumento tão poderoso de desenvolvimento social e econômico
Você já parou para pensar em como era uma sala de cirurgia antigamente, há 20 anos, e em como ela é hoje? Não dá nem para comparar, não é? Tudo muito mais moderno e tecnológico para que o médico tenha condições de operar e o paciente se sinta mais seguro. E se pensarmos nas escolas, nas salas de aula…lousa, carteiras, giz. O cenário ainda é o mesmo e os professores precisam competir com toda a tecnologia que parte dos alunos leva de casa. E, bem diferente do médico que atende um paciente por vez, o professor tem sob sua responsabilidade mais de 30 alunos ao mesmo tempo, sendo que cada um tem uma necessidade e tempo de aprendizagem diferentes.
Esse é só um exemplo de como a educação carece de investimento. Agora imaginemos o que será da educação brasileira nos próximos 20 anos com a lei aprovada pelo governo ilegítimo de Temer e seus aliados que congela os gastos públicos em saúde e educação. Não é preciso ser nenhum gênio ou economista para saber que os impactos da medida serão extremamente danosos às futuras gerações.
E, como ela é a base de tudo, o não investimento nela gera, em cadeia, problemas em vários outros setores. Sem um bom ensino fundamental, o estudante poderá abandonar a escola e não chegar ao ensino médio, ou não cursar um bom curso técnico ou superior e, consequentemente, não será um profissional qualificado. A partir daí já sabemos bem quais as consequências.
Ainda dentro desse limite de gastos, o tão sonhado e merecido aumento no salário, pelo qual os professores lutam há anos, também não chegará. Sendo assim, não atrairá jovens para essa profissão, o que só prejudica a qualidade de ensino a longo prazo.
É importante lembrar que nos governos Lula e Dilma o MEC, Ministério da Educação, teve seu orçamento aumentado em 206%. Agora reflita de novo: e se esse investimento estivesse congelado?
Neste mesmo período, foram criados o FUNDEB, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e o tempo de escolarização obrigatória aumentou dos 4 aos 17 anos. O programa Mais Educação ampliou o acesso à educação integral. O PRONATEC assegurou cursos técnicos e formação profissional para mais de 9,4 milhões de jovens. Foram criadas 18 universidades, 173 campi e centenas de unidades dos Institutos Federais de Educação. Além do PROUNI, o FIES, o ENEM, e o SISU que incluíram milhões de jovens e ampliaram suas oportunidades de estudo e trabalho.
O golpe de 2016 abriu caminho para o desmonte da educação pública. Portanto, um ponto fundamental a se pensar na hora de escolher um candidato é que ele esteja comprometido em revogar a PEC dos Gastos e que esteja seriamente envolvido com esse instrumento tão poderoso do desenvolvimento social e econômico do País.
No próximo domingo, aproveite que você vai entrar em uma escola pública, principalmente se ela for estadual, dê uma olhada antes ao seu redor e depois confirme seu voto para governador do Estado.
Da Redação.