Trabalhadores na base aprovam mobilização contra a reforma da Previdência

Participação na Greve Geral do dia 14 de junho foi aprovada em assembleias na Usimatic, Rassini e Metalpart

Mobilizados contra a reforma da Previdência, os trabalhadores na Usimatic e na Rassini, em São Bernardo, e na Metalpart, em Diadema, aprovaram a participação na Greve Geral no dia 14 de junho, convocada pela CUT e demais centrais sindicais.

Nas assembleias, os dirigentes explicaram os pontos da proposta de Bolsonaro, que acabam com o Sistema de Seguridade Social e com o direito à aposentadoria dos brasileiros.

Rassini

Na Rassini, o coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, explicou que o Sindicato tem feito uma série de assembleias para tratar sobre a Previdência.

“É sempre importante dialogar e informar o risco que os trabalhadores brasileiros estão correndo neste momento. Assim como o governo e a imprensa comercial não tiveram coragem de se retratar com a população por terem dito que a reforma Trabalhista geraria milhões de empregos e o que vemos hoje é o aumento do desemprego, a reforma da Previdência é tratada da mesma forma”, afirmou.

“É com essa omissão que não mostram que a proposta não é uma reforma, é o fim da aposentadoria dos brasileiros”, alertou.  “Nós metalúrgicos não vamos nos calar diante de tamanha atrocidade contra a população. Dia 14 de junho é Greve Geral. O compromisso é lutar agora. Caso contrário, é trabalhar até morrer”, chamou.

Foto: Raquel Camargo

Usimatic

Na Usimatic, o coordenador de área, Jonas Brito, explicou os pontos cruciais da reforma da Previdência na vida das pessoas.

“São temas que vão prejudicar muito, como a redução drástica no valor do benefício, as mudanças no cálculo e a perda no poder de compra dos aposentados. Por isso, é fundamental a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho”, afirmou.

Também falaram sobre a importância da Campanha de Sindicalização. “Não só pelos benefícios e convênios, mas principalmente na defesa dos direitos e a conquista da Convenção Coletiva de Trabalho”, disse.

Os trabalhadores também aprovaram a pauta de reivindicação de assuntos internos.

Fotos: Adonis Guerra

Metalpart

Na Metalpart, o coordenador de área, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua, reforçou os pontos da reforma da Previdência, entre elas a aposentadoria especial.

“Hoje quem trabalha 25 anos em local insalubre consegue se aposentar. Com a reforma terá que trabalhar pelo menos até 55 anos de idade, com valor de benefício muito rebaixado, que partiria de 70%, não mais de 100%. Isso representa praticamente o fim da aposentadoria especial”, ressaltou.

Outro tema crítico é a capitalização, que é a privatização da Previdência. “A capitalização não traz segurança para o trabalhador. Quem se acidenta hoje vai para o INSS. Na capitalização, o valor já vai ser descontado da sua poupança individual. E esse valor, que vai ser a sua aposentadoria, acaba”, disse.  

Os trabalhadores também aprovaram o acordo de Participação nos Lucros e Resultados, válido por dois anos. A primeira parcela será paga em julho e a segunda, em março.

O CSE na Metalpart, Reijanio Alfredo Pacheco, o Pacheco, reforçou a importância de ficar sócio do Sindicato e estar juntos na luta.

“Conquistamos um aumento significativo, acima da inflação, em relação ao ano passado. A participação dos trabalhadores foi muito importante em reuniões no Sindicato para construir a proposta e mostrar a unidade”, disse.

Os trabalhadores também aprovaram a contribuição negocial na assembleia. Quem ficar sócio do Sindicato até 30 de junho será isento do pagamento da contribuição negocial.