TRABALHADORES NA OTIS, TTB E VMG APROVAM GREVE GERAL DIA 14

Em assembleias ontem, dirigentes do Sindicato reforçaram a convocação para a luta. A hora de barrar o desmonte da Previdência é agora!

Os trabalhadores na Otis, em São Bernardo, TTB, em Diadema, e VMG, em Ribeirão Pires, aprovaram em assembleias ontem a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho. Convocada pela CUT e demais centrais sindicais, a luta dos trabalhadores é para barrar a reforma da Previdência do governo Bolsonaro.

 

O diretor executivo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, fez o contraponto ao que o governo prega sobre a reforma da Previdência. Primeiro reforçou que a proposta integra um conjunto de maldades, que teve início com a PEC da Morte, que congelou os investimentos em saúde e educação por 20 anos.


“Se não é para saúde e educação, temos que entender quem se beneficia com a economia de R$ 1 trilhão que querem fazer. É para colocar esse dinheiro nas mãos dos bancos e do sistema financeiro”, afirmou.

 

Outro tema foi o déficit dos últimos três anos. “Desde 1988 até 2015, o superávit foi de mais de R$ 2 trilhões. São nove zeros mais os dois zeros depois da vírgula de lucro. Não é a reforma que vai fazer a roda da economia girar”, criticou.


“Temos que falar em reforma tributária. Hoje o trabalhador é penalizado porque o Brasil taxa o consumo e a produção, não a renda. Pode ter gente aqui que investe em ações e tesouro, mas não é de vocês que estamos falando. É de quem ganha R$ 1 milhão por dia com juros e especulação”, alertou.

 

OTIS

 

Fotos: Adonis Guerra

 

O coordenador de São Bernardo e CSE na Otis, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, alertou que a mídia comercial tenta iludir a sociedade sobre a necessidade da reforma. “Essa mídia martela a todo o momento que a reforma é a salvação do Brasil. Os grandes interessados na aprovação dessa maldita proposta são os bancos e o sistema financeiro”, disse.

“Quantas pessoas acima de 60 anos arrumam emprego? Desafio qualquer empresa a empregar trabalhador com 65 anos. Alguém conhece ?”, questionou. “A

reforma é trabalhar até morrer ou morrer trabalhando. Dia 14 é luta”, chamou.

 

VMG

 

Foto: Raquel Camargo 


Na VMG, os trabalhadores aprovaram a disposição de luta contra a reforma da Previdência. O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, ressaltou os ataques do governo contra a classe trabalhadora.

 

“É injustiça o governo querer fazer pente-fino nas pensões de quem recebe o míni- mo e a aposentadoria dos trabalhadores enquanto não passa

nenhum pente-fino nas empresas e nos milionários”, afirmou.

“Além da idade mínima que parte de 65 anos homem e 62 mulher, a reforma inclui o gatilho de aumentar um ano a cada 4 anos se a expectativa de vida aumentar. Daqui 8 anos pode passar a 66 anos homem e 63 mulher. Daqui 12 anos, 67 anos homem e 64 mulher”, disse.

 

TTB

 

 

O coordenador da Regional Diadema e trabalhador na Delga, Claudionor Vieira do Nascimento, reforçou que a solução não é a reforma da Previdência.

“Se o Brasil não está discutindo Indústria 4.0, carro elétrico e novas tecnologias, se não está acompanhando o desenvolvimento nem investindo, qual será a fatia do mercado que o Brasil vai ter? Zero”, explicou.

 

“Não podemos continuar com empresas fechando e desem- prego aumentando. Precisamos falar de desenvolvimento para que as fábricas possam produzir mais, ganhar mais dinheiro, gerar mais empregos e que os trabalhadores possam ganhar mais. Não é reforma que vai resolver. É preciso levantar a cabeça e dizer não”, disse.