Editorial: Só a garantia do poder de compra e do emprego vai salvar a economia

 Foto: Rafael Neddermeyer

O Sindicato repudia as medidas editadas pelo governo Bolsonaro para combater a crise agravada pela pandemia do coronavírus que autorizam o corte de salário e jornada dos trabalhadores em até 100% e negociação direta entre trabalhador e empregador. Não aceitamos que ocorra negociação individual deixando o trabalhador a mercê do patrão, podendo fazer um acordo que retire muito mais direitos do que a própria Medida Provisória. Defendemos a representação sindical em qualquer momento e em qualquer negociação, e que ela seja feita sempre de forma coletiva.

Nesse momento de pandemia, no qual há a evidente necessidade do isolamento social, os Metalúrgicos do ABC defendem a manutenção do poder de compra do trabalhador. Não dá para aceitar que o trabalhador não tenha nenhuma ajuda compensatória que permita ao menos ter o salário líquido, porque se perdemos o poder de compra, aí sim a economia vai para o buraco de vez.

É preciso pensar no momento do retorno ao trabalho, aí a atividade econômica vai começar a ser retomada aos poucos e alguns setores estarão afetados. Por isso, precisamos sim prever garantia de emprego. O desemprego no Brasil já é alto, se aumentar, a economia entrará em colapso.

Estamos, junto com as centrais Sindicais, cobrando do Governo Federal a agilidade no pagamento, seja a renda básica, seja na liberação do valor semelhante ao seguro desemprego para que possamos agilizar os acordos necessários que faremos daqui pra frente. Mantenha o isolamento fique em casa!

#FiqueemCasa

Direção SMABC