CUT e centrais sindicais também defendem reconversão industrial para combate ao coronavírus

Visita do Coletivo de Indústria do Sindicato à nova fábrica de caminhões na Mercedes.
Foto: Adonis Guerra/SMABC

A CUT e as demais centrais sindicais definiram a elaboração de um documento conjunto com propostas de reconversão industrial para auxiliar no combate à pandemia do novo coronavírus. Os Metalúrgicos do ABC já tinham apresentado essa proposta às centrais sindicais, ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa e defendem a mudança temporária na produção das empresas, que hoje estão paradas.

“Preocupados com a saúde dos trabalhadores, mas também com a economia, encaminhamos ao governo de São Paulo a proposta da reconversão industrial para produção de equipamentos para a área da saúde, e também discutimos o tema com as centrais sindicais. Agora cabe ao governo, junto a Investe SP e Desenvolve SP, articular as ações necessárias para que isso de fato funcione”, declarou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

Wagnão destacou a dificuldade do acesso ao Crédito às empresas por parte dos bancos, principalmente, pela exigência da Certidão Negativa de Débito e pediu a diminuição da cobrança do ICMS. “A diminuição dessa cobrança, precisa ter consenso entre todos os governadores do Brasil, por isso os sindicatos devem cobrar seus estados”.

“A reconversão industrial é a adaptação das empresas que temos hoje para produzir insumos e equipamentos essenciais ao enfrentamento da pandemia do coronavírus. E esses equipamentos estão em falta nos hospitais, tanto para os profissionais da saúde se protegerem como também nos cuidados aos pacientes”, explicou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

“A contaminação vem se alastrando de maneira muito rápida, sendo a metade dos casos no Estado de São Paulo. É muito importante que as pessoas fiquem em casa, não saiam e não arrisquem suas vidas nem de suas famílias. Não há coisa melhor a ser feita do que a política de isolamento, é ela que tem funcionado no mundo e é a orientação da Organização Mundial da Saúde”, defendeu.