Centrais Sindicais e movimentos sociais lançam Campanha

A Campanha #TaxarFortunasParaSalvarVidas foi lançada ontem pela CUT e todas as centrais sindicais do país, junto com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e entidades do serviço público e de coletivos de auditores. Segundo Fenafisco, (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) a arrecadação pode chegar a R$ 272 bilhões.

O abaixo-assinado (http://chng.it/Pyv9TnLZzc) propõe diminuir a desigualdade social com a taxação de grandes fortunas. De acordo com o texto da petição, “o Estado tem capacidade de aumentar o investimento público e deve agir urgentemente garantindo transferência de renda para salvar as vidas de quem mais precisa.”

O diretor administrativo dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges lembrou que a taxação das grandes fortunas é uma reivindicação anterior ao Covid-19. “A questão tributária no Brasil é muito complicada, essa taxação é necessária não só no combate ao vírus, mas para fazer justiça tributária. Outra questão importante é a correção da tabela do Imposto de Renda, que hoje onera mais os trabalhadores. Não basta somente tributar as grandes fortunas, nessa crise é urgente que o Estado comece a fazer dinheiro para injetar na economia, a exemplo do que outros países vêm fazendo”.

Moisés Selerges, diretor administrativo do Sindicato
Foto: Edu Guimarães/SMABC

De acordo com o documento, um dos principais gargalos para que a conta da pandemia seja paga pelos mais ricos, é que o sistema de impostos brasileiro dispõe de mecanismos que isentam do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) as camadas de alta renda. Entre as propostas de mudanças na tabela do IRPF esta a de incluir alíquotas de 35% e 40% que incidirão sobre rendimentos superiores a 60 salários mínimos (R$ 62.700,00) e 80 mínimos (R$ 83.600,00), respectivamente. 

Para o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, é hora do empresariado tirar a conta das costas do trabalhador e contribuir mais. “Diante desta crise sem precedentes, a conta mais uma vez está caindo nas costas do trabalhador e da trabalhadora. Está na hora do empresariado que sempre teve benesses, que sempre pagou menos imposto, pagar a sua cota de sacrifício”, defendeu

“O sentido desta campanha é defender a solidariedade, significa não demitir, manter os empregos, significa que as empresas precisam diminuir seus lucros e colocá-los à disposição do Estado, do povo, para que possamos fazer frente a esta pandemia. Os ricos precisam pagar mais”, reforçou.

Foto: divulgação

Mudanças no sistema tributário

Para que os ricos contribuam mais no combate à pandemia da Covid 19 são necessárias diversas mudanças no sistema tributário brasileiro, que podem render ao governo R$ 272 bilhões anuais. Deste valor, R$ 100 bilhões seriam utilizados por estados, municípios e o Distrito Federal, num Fundo Nacional de Emergência de combate à pandemia da Covid 19, defendem em um documento os Auditores Fiscais pela Democracia, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital e o Instituto Justiça Fiscal.

Os R$ 272 bilhões seriam compostos com 50% da arrecadação de um Imposto sobre Grandes Fortunas, 50% pela arrecadação de uma Contribuição Social Sobre Altas Rendas das Pessoas Físicas, 50% da arrecadação da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido sobre os setores financeiro e extrativista mineral e 20% do valor arrecadado de Imposto de Renda decorrente da cobrança sobre lucros e dividendos distribuídos a pessoas físicas.

Como participar

O primeiro passo é assinar o abaixo-assinado (http://chng.it/Pyv9TnLZzc). O segundo é reforçar a campanha com a divulgação do link para os seus contatos. Paute com seus amigos, em grupos do WhatsApp a urgência do tema. É muito importante postar em sites das redes sociais e dialogar com mais pessoas sobre a proposta da Campanha.

Com informações da CUT

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