Bandas dão recado de luta e resistência na 2ª edição do Festival Rock ABC

O Festival Rock ABC, evento de luta e resistência promovido pelo Sindicato, teve sua segunda edição realizada este ano de forma virtual, sem aglomerações, em função da pandemia do novo coronavírus.

Foto: Adonis Guerra

Sem limite de público, a live, exibida pelas redes dos Metalúrgicos do ABC e pela TVT, na noite de sábado, dia 18, foi um sucesso e chegou a quase 42 mil visualizações.

Foto: Adonis Guerra

A principal atração foi o show ao vivo da Banda Dead Fish que encerrou a atividade. Antes foram exibidos vídeos gravados pelas bandas da região Versus Mare, Nokaos, Mollotov Attack e Caffeine Blues.

O diretor administrativo do Sindicato, Moisés Selerges, deixou claro que o Festival em comemoração ao Dia Mundial do Rock (13 de julho) será realizado todos os anos. “Este ano tivemos a segunda edição, ano que vem faremos a terceira, no outro ano, a quarta e assim por diante. A cultura tem que ser um instrumento de luta e é isso que o Sindicato dos Metalúrgicos está fazendo”.

Um dos organizadores do Festival, que comandou o evento, o coordenador do CSE na Mercedes, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, destacou a mobilização do coletivo da juventude que se uniu a demais dirigentes para preparar o evento, sempre preocupados com a conscientização de classe.

Foto: Adonis Guerra

“Nosso Sindicato tem realizado várias ações para resgatar a consciência de classe e o rock é uma das formas de mostrar para nossa juventude que ele tem lado, nasceu para questionar o sistema, é de esquerda. O rock e a classe operária têm tudo a ver. Bandas como “Garotos Podres” (destaque da programação no ano passado) e Dead Fish, além das músicas, trazem mensagens que a ajudam a mudar essa realidade”.

Foto: Adonis Guerra

Antes de tocar “Venceremos”, o vocalista do Dead Fish, Rodrigo Lima, chamou a galera a se unir contra as medidas do governo Bolsonaro. “Tá complicado, todo dia é uma notícia tosca, uma notícia ruim, o grande lance é a gente conversar e tentar chegar a uma pauta para combater tudo isso. Obviamente que no nosso espetro progressista, sem papinho de liberalismo, de liberal que acha que não é nazista”.

Recado do Mao

Quem também mandou o seu recado para toda a categoria e roqueiros de plantão foi o vocalista da banda punk Garotos Podres e professor de história, Mao. Ele convocou a galera do rock and roll a se unir contra o fascismo.

“Estamos vivendo no Brasil uma situação muito difícil, submetidos a um governo de clara inspiração fascista, e o fascismo, nas suas múltiplas variantes, tem por característica comum a negação dos valores humanos. Nós trabalhadores devemos nos unir para combater esse governo fascista que prega a barbárie. Resgatando o lema na Guerra Civil Espanhola ‘Não passarão’”.