Nova Diretoria Plena faz primeira reunião no sábado

Agora se faz ainda mais importante e necessária a unidade do conjunto de trabalhadores para resistir contra qualquer ataque e retirada de direitos

Foto: Adonis Guerra

A primeira reunião da Diretoria Plena do Sindicato do mandato 2020-2023 será no sábado, dia 1º de agosto, às 10h, pelo Zoom. Todos os CSEs e o CSA estão convocados. O novo vice-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, destacou os principais desafios da nova diretoria na defesa dos empregos, renda, direitos e saúde dos trabalhadores com uma análise da situação do país. Confira:

“Queremos dialogar com os trabalhadores e refletir sobre o momento e a conjuntura política, a realidade difícil que a sociedade brasileira vive por conta da pandemia. Precisamos entender como isso pode afetar a vida dos trabalhadores e cobrar das empresas ações com a responsabilidade social do ponto de vista de higiene sanitária para que todos possam passar por essa crise com emprego saúde, salário e direitos.

É preciso um acompanhamento atento para que as empresas não se aproveitem para fazer ações desnecessárias que prejudiquem os trabalhadores. Mesmo nessa dificuldade, é possível encontrar caminhos e saídas para que, ao passar a pandemia, os trabalhadores possam voltar a produzir a riqueza das empresas, tirando dali o sustento de suas famílias e manter seu bem estar.

É muito importante que as empresas olhem para aqueles que, ao longo dos anos vêm construindo a riqueza, não é justo que no primeiro momento de uma crise, os trabalhadores sejam surpreendidos com o desemprego. É preciso que elas façam um esforço para manter quem, em momentos de produção alta, fez hora extra.

Agora se faz ainda mais importante e necessária a unidade do conjunto de trabalhadores para que possamos continuar a resistir contra qualquer ataque e retirada de direitos.

A crise econômica instalada hoje no país não é apenas por conta da pandemia, o crescimento do PIB no último ano foi de 1,1%, um dos menores dos últimos anos, a crise econômica já estava instalada e as medidas do Paulo Guedes, as reformas que estão fazendo prometendo gerar milhões de empregos, são mentirosas.

Além da pandemia e da crise econômica, o país vive uma situação delicada, as instituições não funcionam como deveriam, não existe confiança por parte dos investidores externos, temos um governo irresponsável que não fala em desenvolvimento ou fortalecimento da indústria nacional, só fala bobagem e ataca os principais parceiros comerciais do Brasil.

Essa loucura já foi longe demais. A classe trabalhadora precisa ter uma tomada de consciência de que o que está acontecendo no Brasil não pode ser aceito como normal.

Precisamos nos manter unidos e no momento certo, quando for permitido ir pra rua de forma racional e consciente, vamos tomar as ruas e dizer não a todas essas atrocidades. O povo brasileiro não merecia jamais estar passando por isso, parte das mortes é responsabilidade sim do governo federal que tem sido inconsequente não respeitado as orientações da OMS.

O Sindicato nunca se curvou, nunca baixou a cabeça e não vai ser agora que vamos baixar. Seguimos acreditando que é possível uma sociedade mais justa, mais humana e igualitária com oportunidades para todos. Mas só sonhar não basta, precisamos lutar juntos”.