Um Brasil que empobrece

Em dezembro de 2011, os principais jornais do mundo destacavam a ascensão econômica do Brasil. Naquele ano o país assumia o posto de sexta maior economia do mundo. Vivíamos a euforia de que finalmente podíamos ansiar por condições de vida digna para o conjunto da população brasileira.

Foto: Divulgação

Em dezembro de 2011, os principais jornais do mundo destacavam a ascensão econômica do Brasil. Naquele ano o país assumia o posto de sexta maior economia do mundo. Vivíamos a euforia de que finalmente podíamos ansiar por condições de vida digna para o conjunto da população brasileira.

Apesar de apresentar evolução, mesmo no nosso melhor momento de crescimento econômico, as condições individuais da sociedade brasileira ainda permaneciam muito distantes daquelas observadas nos países ricos.

Quando ultrapassamos o Reino Unido em 2011, o PIB per capita (é o PIB, dividido pela quantidade de habitantes de um país) do Brasil era equivalente a US$ 13 mil, já do Reino Unido era de US$ 32 mil. Em 2020, o Brasil deve perder sua condição entre as 10 maiores economias globais, e se confirmada as projeções do mercado, o PIB per capita deve ficar em torno de US$ 6,3 mil – em nível global é um empobrecimento de 51,9%.

Sim, a variação do câmbio contribuiu para esse resultado. Contudo, o descompromisso dos governos brasileiro pós golpe de 2016, com a indústria nacional, a implementação de políticas de ataques ao bem-estar social, como a PEC do teto dos gastos, as reformas trabalhistas e previdenciárias estão tirando do Brasil a condição de país do futuro.

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