Nylon reciclado de rede de pescas ganha espaço nos automóveis

Jaguar Land Rover e Lynk & Co já têm veículos com revestimentos internos e tapetes com o material

O que parece ter sido mera coincidência pode indicar, na verdade, uma tendência entre as montadoras. Nesta quarta-feira, 30, dia em que a Link & CO apresentou o SUV 01 na Europa com acabamento interno produzido a partir da reciclagem de redes de pesca e de vários outros resíduos plásticos, a Jaguar Land Rover anuncia que a nova geração de veículos de suas duas marcas também terá o mesmo componente nos revestimentos.

A JLR, contudo, nomeou o material: o Econyl. O nylon é procedente também de plástico industrial reciclado e de restos de produtos têxteis. É fabricado pela multinacional italiana Aquafil e já está presente, por exemplo, na alta-costura e em roupas esportivas, pulseiras de relógios, bolsas e mochilas.

Em apenas um ano, a Aquafil recicla até 40 mil toneladas de resíduos plásticos recolhidos em todo o mundo. A empresa calcula que a produção de 10 mil toneladas da nova matéria-prima evita que 65 mil toneladas de dióxido de carbono sejam emitidas, o que equivale também a 70 mil barris de petróleo.

Durante o processo de produção, são retirados materiais metálicos e, no caso das redes de pesca, o sulfato de cobre utilizado para evitar o crescimento de algas. Esses produtos são enviados para reciclagem em empresas de outros setores. O polímero de nylon regenerado tem as mesmas características químicas e funcionais que a matéria-prima de origem fóssil, assegura a fabricante, e pode ser empregado e tapetes ou mesmo nos tecidos que revestem bancos e painéis de portas, por exemplo.

Do AutoIndústria