Região do País define preferência do comprador por picapes, SUVs ou compactos
Dependendo das características de cada Estado da federação e do tipo de atividade econômica, mercado tende a valorizar automóveis com carrocerias específicas
Nem Chevrolet Onix, nem Hyundai HB20. No lugar dos dois automóveis mais vendidos do País, no Estado de São Paulo a primeira posição do ranking no acumulado até setembro é o SUV Volkswagen T-Cross. No Mato Grosso, as duas primeiras colocações no ano são ocupadas por picapes. Em primeiro lugar aparece a Fiat Strada, enquanto que na segunda colocação está a Toyota Hilux. A picape da marca japonesa, a propósito, é o veículo mais vendido no Estado do Tocantins.
O ranking geral do País, que mostra o Onix como o mais vendido, tende a esconder características regionais. O comprador da região Centro-Oeste tem necessidades que não são as mesmas do cliente que mora no Rio de Janeiro, por exemplo. Fatores como geografia, tamanho das cidades, renda e atividades econômicas são determinantes na preferência do automóvel em cada região.
O Jornal do Carro fez um levantamento exclusivo, que mostra todas essas nuances, com base em informações da Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionárias no País. Como não poderia deixar de ser, o líder nacional Onix obviamente aparece na primeira posição na maioria dos Estados. Ele vence em 21 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal. Mas perde em seis estados. Em Alagoas, por exemplo, o Ford Ka é o modelo mais vendido.
O T-Cross aparece em terceiro lugar, atrás do Onix, mostrando que o sucesso em São Paulo não é um caso isolado. Outros Estados em que o Onix não reina em primeiro lugar são Minas Gerais ( VW Gol) e Roraima (Fiat Toro). No segmento automotivo, a força do agronegócio revela-se na venda de picapes em regiões onde a agricultura é forte. É o que explica a dupla de picapes nas duas primeiras posições no Mato Grosso. Lá, o líder nacional Onix ocupa o terceiro lugar. Em Estados nos quais a agricultura e a pecuária são fortes, a participação de picapes compactas e médias é bem maior do que nos Estados mais industrializados.
Do Jornal do Carro