Em meio à guerra da vacina, Brasil registra 155.460 vidas perdidas para a Covid-19
Em meio à guerra da vacina, politizada por Jair Bolsonaro (ex-PSL), o Brasil contabilizou média móvel diária de 526 óbitos por Covid-19 nesta quarta-feira (21). E às 8h da manhã desta quinta-feira (22), o país já registrava 155.460 vidas perdidas e 5,3 milhões de pessoas infectados pela doença desde o começo da pandemia.
Em número de contaminados, o Brasil continua como o terceiro país mais afetado pela pandemia, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins. Está atrás de Estados Unidos (8,3 milhões) e Índia (7,7 milhões), que ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. No entanto, em relação ao total de óbitos, o Brasil se mantém na vice-liderança. Nos Estados Unidos já morreram 222.239 vítimas da Covid-19 e na Índia, 116.616.
Mesmo o país ocupando os piores números no combate à pandemia, Bolsonaro não para gerar crises. A declaração dele de que não permitirá que a vacina chinesa CoronaVvac seja incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI), mesmo sendo aprovada pela Agência nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa e anunciada a compra pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, gerou revolta entre os governadores e parlamentares que ameaçam recorrer ao Judiciário para garantir a vacinação contra a Covid-19, com qualquer vacina que esteja disponível.
O governador Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, alertou que não haverá restrições para garantir o acesso da população ao medicamento. “Não queremos uma nova guerra na Federação. Mas, com certeza, os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras”, tuitou Dino.
Já o governador da Bahia, Rui Costa (PT) afirmou que o ministro da Saúde tomou medida sensata de garantir acesso à vacina de qualquer país para salvar vidas. “Estamos em guerra contra a Covid, que já matou mais de 150 mil no Brasil. O presidente não pode desmoralizá-lo e desautorizá-lo nesta luta. Minha total solidariedade ao ministro”, disse.
Covid-19 no Brasil
Nas últimas 24 horas foram 571 novas mortes em decorrência da Covid-19 no país. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 526, o que aponta tendência de estabilidade, quando não houve queda ou aumento significativo em relação aos dados registrados em 14 dias.
Já a média móvel de novos casos foi de 22.736 por dia, uma variação de -12% em relação aos casos registrados em 14 dias. Está pelo 2º dia seguido na faixa, o que aponta estabilidade.
O Estado de São Paulo, que tem os maiores números absolutos de Covid-19 no país, registrou 1.073.261 casos e 38.371 óbitos nesta quarta-feira (21).
Situação nos estados
Nesta quarta (21), estão em alta o Rio Grande do Norte e o Amazonas. No Rio Grande do Norte, o aumento é de mortes antigas que foram incluídas na semana passada, segundo o governo estadual.
Em estabilidade estão o Distrito Federal e dez estados: Roraima, Tocantins, Maranhão, Piauí, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
Com queda na média móvel de mortes, estão 14 estados: Acre, Rondônia, Amapá, Pará, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
Europa
A Europa passa por um novo surto de coronavírus em diversos países, mas o número de mortes deste novo surto é bem menor do que os registrados no início da pandemia.
Nas últimas 24 horas, a Alemanha registrou 11.287 novos casos de coronavírus, uma forte alta de 49% em relação ao dia anterior e um recorde diário de infecções desde o início da pandemia. Até então, a maior quantidade de casos diários era de 7.830 novos infectados, registrados na sexta-feira dia 16. Nesta quarta, o país contabilizou 7.595 casos.
Com 15.199 novas infecções, a Itália também registrou novo recorde diário de casos (o recorde até então era de 11.705 novos casos em 24 horas, registrado no domingo).
Já a Espanha foi o primeiro país da União Europeia a superar um milhão de casos de Covid (e o sexto no mundo), e o governo espanhol estuda novas medidas para frear o avanço da pandemia.
A Itália tem 450 mil casos confirmados, mas é o país da União Europeia com mais mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins: 36,8 mil, à frente de Espanha (34,3 mil) e França (34 mil).
Atualmente, os países com mais casos registrados são: Estados Unidos (8,3 milhões), Índia (7,7 milhões), Brasil (5,2 milhões), Rússia (1,4 milhão) e Argentina (1 milhão).
Os países com mais mortes são: EUA (222 mil), Brasil (155 mil), Índia (116 mil), México (87,4 mil) e Reino Unido (44,2 mil).
Da CUT Nacional