PCD: limite de R$ 70.000 está eliminando os SUVs das ofertas

Era uma vez um SUV “chinês” que passou a ser feito no ABC, mas com R$ 20.000 de diferença, deixou de atender o PCD… Então, essa história era para ter apenas um protagonista, mas em realidade, existem vários e estão saindo de cena. Com o limite de R$ 70.000, o mercado de carros para PCD, ou melhor, os consumidores portadores de deficiência física, estão vendo as ofertas diminuírem no Brasil.

O motivo é o limite de R$ 70.000, imposto pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em 2009 e desde então, não ampliado. Com a elevação dos preços dos automóveis, o que era um teto alcançável por sedãs médios, hoje só atende com veículos menores e, alguns deles, já manobrando para poder encaixar nessa vaga. Os SUVs, a moda do momento, ficaram bem nessa categoria, especialmente os mais recentes, como Chevrolet Tracker (o protagonista) e Volkswagen T-Cross.

No primeiro caso, a diferença entre a versão PCD e a que serviu de base chegou a R$ 20.000 e nem a tampa do bagageiro podia cobrir essa diferença. Resultado, saiu de cena. O VW T-Cross até vacilou e sumiu das lojas por um tempo, mas retornou e ajudou o SUV a se tornar o carro mais vendido do país em julho, com 80% das vendas diretas, onde o PCD está incluído. Ele venceu ainda um tradicional campeão de PCD entre os SUVs, o Jeep Renegade.

Contudo, este utilitário esportivo pernambucano acaba de jogar a toalha e sai do alcance dos portadores de deficiência. O jipinho entra para uma lista de SUVs que também desistiram desse “mercado”, como o Citroën C4 Cactus e o Nissan Kicks. Aliás, além do Renault Captur, ainda permanecem Chery Tiggo 2, Peugeot 2008 (que chegou a sumir e voltou este ano), Hyundai Creta e Ford EcoSport. Com o T-Cross, restam somente cinco modelos a escolher. A pergunta agora é: por quanto tempo eles resistirão com o limite de R$ 70.000?

Do Notícias Automotivas