Brasil passa de 160 mil vidas perdidas para a Covid-19

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País registrou média móvel diária de 403 óbitos nesta segunda-feira (2), a menor desde o início de maio, mas número de testes diminuíram

Com 168 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil ultrapassou a marca de 160 mil vidas perdidas para a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, mas o número pode ser maior porque o país estar fazendo menos testes e nos finais de semana os balanços apresentarem defasagem nos números porque tem laboratório que fecha e outros que reduzem o tamanho da equipe.

 No total são 5.553.378 pessoas contaminadas e 160.272 óbitos em decorrência da doença, de acordo com o balanço do consorcio de imprensa atualizado às 8h desta terça-feira (3).

A média móvel diária de óbitos pela Covid-19 nesta segunda-feira (2) ficou em 403, a menor desde o início de maio. A média móvel registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana.

O Brasil é o 2º país com mais mortes pela doença. Os Estados Unidos, que vão às urnas nesta terça (3) eleger seu presidente, têm mais vítimas com 236.880 mil mortes. O número de mortos no Brasil também é elevado na comparação proporcional. São 756,9 mortes por milhão de habitantes –segundo cruzamento de dados do Ministério da Saúde com a última estimativa populacional divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Brasil faz menos testes

Para especialistas, o baixo número de testagens no Brasil pode deixar o país mais vulnerável à uma possível segunda onda. Entre as principais estratégias para combater a doença, está conseguir rastrear possíveis transmissões e tornar o controle da doença mais eficaz. Procedimentos que diminuíram nos últimos meses, o que pode contribui para atualizações menos expressivas nos balanços diários, dando a falsa impressão de controle da doença.

Sem essa estratégia, o Brasil nunca consegue controlar a transmissão do vírus e as taxas de contágio (Rt) transitam na linha do descontrole. De acordo com o último levantamento do Imperial College, de Londres, a Rt brasileira está em 0,98, ou seja, cada grupo de 100 infectados está transmitindo a doença para 98 pessoas saudáveis.

São Paulo retoma aulas presenciais

A partir desta terça-feira (3), escolas municipais, estaduais e privadas da cidade de São Paulo podem retomar aulas regulares presenciais do ensino médio. O retorno às aulas é optativo.

A rede estadual tem cerca de 311 mil alunos matriculados no ensino médio em 611 escolas na capital. Já na rede municipal são 2.410 matriculados em oito escolas. A prefeitura não divulgou o percentual máximo de estudantes que podem voltar agora, mas as escolas precisam garantir uma distância mínima de 1,5 metro entre eles nas salas de aula.

Os estudantes dos ensinos infantil e fundamental podem ter apenas atividades extracurriculares de forma presencial. O ensino regular, para estes alunos, continua à distância.

O estado de São Paulo é a região do país mais afetada pela pandemia do novo coronavírus no país.  O estado acumula 1.117.795 casos da doença e 39.346 óbitos desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 648 novos casos confirmados e 15 mortes. As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 41,4% na Grande São Paulo e 39,4% no Estado.

Já no Rio de Janeiro foram registradas 25 mortes e 294 novos casos da doença no período de 24 horas. Até agora, 20.636 pessoas morreram em função do coronavírus no Estado, que tem 311.308 casos.

Situação na América Latina

A América Latina ultrapassou a marca de 400 mil mortes, o que representa quase um terço do total de óbitos no mundo, segundo contagem da agência de notícias Reuters.

Nesta segunda-feira (2), a região registrou 402.351 mortes e mais de 11,3 milhões de casos da doença. As primeiras 200 mil mortes por coronavírus na América Latina foram registradas em 2 de agosto, o que significa que em apenas três meses a região dobrou o número de vítimas.

Os países com as maiores taxas de mortes pela Covid-19 na América Latina são, nesta ordem: Brasil, México, Peru, Colômbia e Argentina.

Covid na Europa e protestos contra confinamento

O Reino Unido superou a marca de 1 milhão de casos de Covid-19.  O número crescente de casos da doença fez o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, decretar um novo lockdown no país para conter o coronavírus a partir desta quinta-feira, 4.

O país é o quinto maior número acumulado de mortes no mundo, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

As ruas das cidades da Espanha enfrentam protesto contra o estado de emergência decretado pelo primeiro ministro, Pedro Sánchez. Ele impôs toque de recolher das 23h às 6h em todas as regiões do país para conter o avanço da pandemia na Europa.

Em Madrid, dezenas de manifestantes atiraram pedras em direção aos policiais, que reagiram com balas de borracha. Segundo o jornal francês “Le Monde”, doze pessoas ficaram levemente feridas, e 32 foram presas.

Em Barcelona, grupos atearam fogo em lixeiras e também entraram em confronto com as autoridades.

A Espanha, um dos países mais afetados da Europa, registra mais de 35 mil mortes por Covid-19 e 1,1 milhão de casos da doença.

Alemanha registrou recorde no contágio desde o princípio da pandemia, com mais de 19 mil casos de infecção pelo novo coronavírus no último sábado.

Atualmente 20.950 leitos estão ocupados, e 7.970 são considerados livres. No entanto, esse número não é um retrato fiel da realidade nas unidades de saúde.

Da CUT Nacional