Nissan não quer mais Mitsubishi e busca vender sua participação

Nissan não quer mais Mitsubishi e busca vender sua participação

Parece que não teremos a L200 Triton mesclando “DNA” com a Frontier, de acordo com o site Automotive News Europe. Após dois anos da prisão de Carlos Ghosn, que está foragido da justiça japonesa, uma de suas últimas manobras na aliança com a Renault será desfeita.

Relembrando a história, a Mitsubishi foi implicada num escândalo de adulteração de resultados de consumo de seus carros no Japão, onde a calibragem dos pneus estava acima do recomendado para que a média nos testes do protocolo JC08 fossem boas. Já vimos isso em um test drive de carro popular no Brasil, mas no caso da Mitsubishi, envolvia a adulteração oficial de dados. Eles foram acusados pela Nissan ao detectar discrepâncias nos resultados de seus modelos feitos em parceria com a conterrânea.

Com o escândalo, a Mitsubishi – que já não vinha bem – entrou em crise, sendo salva pela Nissan com a aquisição de 34% das ações, o que lhe dá o controle acionário, segundo as regras financeiras do Japão. Agora, a Nissan quer livrar-se da Mitsubishi, pois, de acordo com fontes próximas ao assunto, a crise gerada pelo novo coronavírus demorará mais tempo que o esperado para ser superada pela montadora.

Dessa forma, a alternativa é vender parte ou a totalidade das ações da marca dos três diamantes para buscar sua própria sobrevivência, já complicada com o caso Ghosn e sua relação com Renault e França. Nos dois últimos, chegou-se a um acordo que gerou novo plano estratégico global, que envolve também o Brasil e igualmente a Mitsubishi em todo o mundo. Consultadas, Nissan e Mitsubishi negam qualquer intenção de venda de ações e a Renault nem comentou o assunto.

Do Notícias Automotivas