Um outro mundo é possível!
Tendo esse slogan como mote, foi realizado em janeiro de 2001, na cidade de Porto Alegre, o 1º Fórum Social Mundial (FSM), que se apresentava como contraponto à globalização perversa comandada pelas grandes empresas transnacionais sob hegemonia do sistema financeiro internacional, simbolizada pelo Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

O mundo sofria as consequências de duas décadas de neoliberalismo, cujos efeitos foram o enfraquecimento do sistema de proteção social dos estados, desemprego em massa e ataque aos direitos trabalhistas. As cadeias globais de produção, comandadas por empresas transnacionais, ressuscitaram formas de trabalho análogas à escravidão que haviam sido banidas pelos organismos multilaterais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A distância entre os países ricos e os países pobres tornou-se cada vez maior, assim como o aumento da desigualdade social entre as populações em todo o mundo.
Nesse cenário de mobilização antiliberal, especialmente em alguns países da América Latina, foi possível construir uma coalizão política e social que levou à vitória de vários candidatos do campo progressista como ocorreu no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Venezuela e Chile, que adotaram uma nova dinâmica política que possibilitou a combinação de crescimento econômico e inclusão social.
A crise econômica de 2008 desencadeou um novo ciclo de políticas neoliberais, desta vez, combinados com ataques à democracia e uma desmontagem, ainda mais agressiva, do que restou de políticas sociais, aumentando a pobreza e a exclusão social. Por isso, hoje, mais do que nunca, precisamos fortalecer o FSM, que está na sua 20ª edição, e acreditar que um “novo mundo é possível!”.
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