GM desenvolve carros menos poluentes e autônomos

Foco no varejo ajudou a manter a liderança da marca Chevrolet pelo quinto ano consecutivo, em 2020

A saída da Ford deixou a General Motors (GM) sozinha como montadora centenária no país – ou quase. Inaugurada aqui em 1925, de lá para cá já produziu caminhões, ônibus, carrocerias, peças e até geladeiras Frigidaire. A produção de carros de passeio iniciada em 1968, com o veículo Opala, fez do segmento o foco da companhia, que já produziu mais de 35 modelos. Cerca de 17 milhões de veículos já saíram de suas três fábricas de carros em Gravataí (RS), São José dos Campos e São Caetano do Sul (SP). Só nesta última são cinco modelos diferentes na mesma linha de montagem.

O Brasil é o segundo mercado mundial da marca Chevrolet, nascida em 1911, atrás apenas dos EUA. A montadora investiu R$ 13 bilhões no país de 2014 a 2019 e neste ano retoma investimentos de R$ 10 bilhões em desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, anunciados para o período de 2020 a 2024 e adiados por conta da pandemia.

Iniciativas como a capitalização da Cruise, adquirida em 2016 com aportes do Softbank e da Honda, e parcerias estratégicas miram a liderança da indústria rumo a um futuro com zero acidente, emissão e congestionamento. Além da própria Honda, as parceiras incluem Microsoft, para acelerar o desenvolvimento e comercialização de veículos autônomos, e LG Chem, para novas gerações de baterias para carros elétricos.

Compromisso de usar 100% de energias renováveis nas operações até 2040, ampliação de investimentos em carros elétricos e autônomos de US$ 20 bilhões para US$ 27 bilhões e 30 novos modelos elétricos previstos até 2025 são outros exemplos globais. “Aspiramos vender mundialmente veículos leves e com zero emissão a partir de 2035”, diz Marina Willisch, vice-presidente de relações governamentais, comunicação, diversidade e sustentabilidade da empresa.

Do Valor Econômico