Aumento do ICMS faz veículos mais vendidos ficarem até R$ 2,9 mil mais caros em SP que no resto do País

Reajuste da alíquota do ICMS em São Paulo de 12% para 13,3% faz montadoras criarem uma tabela de preços exclusiva para o estado de SP

Embora o aumento da alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS) em carros usados tenha sido muito maior – de 207% -, o reajuste do tributo para carros novos também mexeu negativamente com os concessionários. Como resultado, algumas montadoras estabeleceram duas tabelas de preços diferentes: uma para o Estado de SP e outra para o restante do país.

Vale lembrar que no final do ano passado, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou que a partir do dia 15 de janeiro a alíquota de ICMS para carros 0km subiria de 12% para 13,3%. Então, a partir do dia 1° de abril, o percentual subirá para 14,5%. Desse modo, cerca de um mês e meio após a lei entrar em vigor, parece que as montadoras já estão se adaptando ao “novo normal” e já elevaram o preço de sua gama (que já não estava nem um pouco barata antes da mudança).

Aliás, os veículos mais vendidos de cada segmento ficaram quase R$ 3 mil mais caros na tabela de SP em comparação com a tabela nacional. O Jeep Renegade Trailhawk, por exemplo, foi reajustado em R$2.900. De acordo com a tabela exclusiva para São Paulo, há apenas uma configuração do SUV com valor abaixo dos R$ 100 mil. Pois a versão Sport 1.8 Flex, agora oferecida por R$ 110.991, subiu R$ 1.701 em relação ao preço na tabela nacional.

Destaca-se também o Chevrolet Onix Plus, que ultrapassa a barreira simbólica dos R$ 90 mil na versão Premier Turbo 2. Por R$ 91.360, o sedã mais vendido no estado paulista custa R$ 1.530 a mais do que o mesmo modelo comercializado no restante do Brasil. O texto do ajuste do pacote fiscal, sancionado pelo governador João Dória, prevê reajustar as contas públicas enfraquecidas pela queda na arrecadação e pelos gastos com a pandemia da Covid-19.

Do Jornal do Carro