Região está com leitos de Covid-19 perto da lotação máxima

A ocupação dos leitos de UTI está mais alta do que a do Estado, com 86,2%, segundo o Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

Em Ribeirão Pires, duas pessoas morreram na fila de espera por vaga de UTI. O hospital de campanha está com 100% de ocupação.

Em São Bernardo, a previsão da Prefeitura é esgotar os leitos de UTI e enfermaria até hoje ou amanhã.

Já em São Caetano, apesar da maior taxa de letalidade (5%), acima da regional (3,5%), estadual (2,9%) e nacional (2,4%), a Prefeitura quer entrar na justiça para regressar à fase laranja. Todo o Estado está na fase vermelha do Plano SP.

Foto: Edu Guimarães/SMABC

“A situação da Covid está cada vez mais preocupante e chegando em níveis de desespero quando a gente fica sabendo que não tem mais leitos e que o grau de contaminação está muito alto. As pessoas têm que respeitar o isolamento e seguir os protocolos e, acima de tudo, têm que ter claro que isso é muito sério. Não podemos achar que a morte por conta da irresponsabilidade do governo seja uma coisa aceitável e natural, não é” declarou o secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges.

O total da pandemia nas sete cidades foi de 4.774 mortes e 137.210 casos da Covid-19.

A média móvel em uma semana foi de 29 mortes por dia, variação de +32% em duas semanas. A média móvel de casos foi de 614 por dia, variação de +10,3%. O balanço é da ABC Dados do dia 9. 

Estado SP

O Estado de São Paulo registrou o 11º recorde seguido de internações de coronavírus, com 20.314 pacientes com suspeita ou confirmação em leitos de UTI e enfermaria.

A ocupação de leitos de UTI está em 82,8% na Região Metropolitana. Treze cidades da Grande SP já têm 100% de ocupação dos leitos de UTI. Em Taboão da Serra, 11 pessoas morreram à espera de atendimento.

A média de mortes em uma semana bateu recorde pelo segundo dia seguido, com 298 vidas perdidas por dia.

O Estado teve ao todo 62.101 mortes e 2.134.020 casos, segundo o balanço da Fundação Seade do dia 9.

Brasil

O país registrou o 11º recorde consecutivo na média móvel de pessoas mortas pela Covid-19, com 1.572 vidas perdidas por dia em uma semana. A variação foi de +39% em relação aos dados de duas semanas. O Brasil registra médias acima de mil mortes diárias há 48 dias.

A média móvel de casos foi de 68.167 por dia. A variação em duas semanas foi de +38%.

O total no país chegou a 268.568 mortes e 11.125.017 casos. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do dia 9.

Receberam a 1ª dose de vacina 8.736.891 pessoas, o equivalente a 4,13% da população brasileira. Receberam a 2ª dose 2.9745.266 pessoas, 1,41% do total no país.

Em mortes registradas em 24h, o Brasil teve 1.954 vidas perdidas e ultrapassou os Estados Unidos, que tiveram 1.947 óbitos, na terça.