Toyota elege Corolla Cross para marcar época

Modelo será exportado para 22 países e tem potencial para ser o carro da marca mais vendido no Brasil

A Toyota deposita muito de suas fichas reservadas para o Brasil e América Latina no seu primeiro utilitário esportivo nacional. O Corolla Cross, guardados os diferentes momentos econômicos e perfis de mercado, concorre para ser tão relevante na história de seis décadas da empresa no País como foi o sedã Corolla, primeiro automóvel de passeio da montadora fabricado aqui a partir 1998.

A confiança no novo veículo é tanta que Massahiro Inoue, CEO da Toyota para a América Latina e Caribe, abandonou o comedido estilo dos executivos japoneses para afirmar, mesmo antes da chegada do modelo às revendas, confirmada para o próximo dia 25, que: “O Corolla Cross é uma nova etapa da Toyota no Brasil”.

O SUV, já fabricado na Tailândia e em Taiwan, é resultado de aporte de cerca de R$ 1 bilhão em desenvolvimento e atualizações na fábrica de Sorocaba, SP, onde também são produzidos Etios e Yaris. Ele encerra ciclo de investimentos de R$ 6 bilhões iniciado há dez anos. Nesse período, além da atual geração do Corolla, dos lançamentos do Yaris hatch e sedã e do Etios — carro agora fabricado apenas exportação, de forma a abrir espaço para o SUV em Sorocaba —, foi apresentado o inédito powertrain híbrido flex.

Desde 2019 no sedã médio, a tecnologia está agora em duas das quatro versões do novo SUV e que, calcula a empresa, devem responder por 30% das vendas. São muitas as frentes que o Cross terá para confirmar todo o seu potencial e o acerto da aposta da Toyota. Mesmo com a chegada de um novo veículo, a Toyota manterá a produção em dois turnos em Sorocaba, cuja capacidade instalada anual é da ordem de 110 mil veículos. O mesmo regime de trabalho é empregado em Indaiatuba, que poderia fabricar até 70 mil veículos a cada ano, mas montou 50 mil em 2020.

Do AutoIndústria