Gasolina, gás, o preço dos combustíveis e o desgoverno

Em meio ao caos econômico, social e sanitário que vivemos nesta pandemia, a sociedade brasileira ainda tem de lidar com a disparada nos preços dos combustíveis. Na última semana, o litro da gasolina chegou a R$ 6,70 em algumas regiões do país e o gás de cozinha passou da faixa de R$ 100 com o novo reajuste de 6%.

Foto: Divulgação

No primeiro bimestre de 2021, houve sete reajustes no preço da gasolina, que chegou a subir 39,5%; outros cinco aumentos no preço do diesel, que acumulou alta de 32,7%; e ainda dois reajustes no preço do gás de cozinha, que encareceu 11,4%. As perguntas dessa hora são: por que o brasileiro está pagando tão caro pela gasolina e o gás de cozinha? O governo pode reverter esse quadro?

O principal motivo é a política de preços praticada pela Petrobras nas refinarias, atrelados à taxa de câmbio e ao preço internacional do barril do petróleo, ambos com forte valorização nos últimos meses. É uma política que ignora o volume de produção em alta e o consumo em baixa no país, o que deveria derrubar os preços, ao contrário do que vemos.

O governo federal é o acionista controlador da Petrobras. Se quisesse, poderia intervir, mas adota uma agenda ultraliberal e declara que não vai se intrometer na política de preços. Fez um movimento de redução dos impostos para sinalizar politicamente que se preocupa, mas sabe que a medida é irrisória e sem efetividade.

Entre as necessidades da população e a disparada dos preços, o governo elege como prioridade os interesses do famigerado “mercado” financeiro, que mais uma vez demonstra não ter compromisso algum com o Brasil.

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