“Estamos aniquilados”, diz presidente da federação das concessionárias de veículos
Diante de um novo lockdown, presidente da Fenabrave avisa que “conta não fecha” e que concessionárias podem falir se não abrirem
Enquanto o Brasil caminha para um colapso hospitalar por causa da disparada dos doentes de Covid-19, crescem as incertezas quanto ao impacto econômico do fechamento dos grandes centros. Em conversa com o Jornal do Carro, Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave, alerta para a iminente falência de concessionárias com o novo lockdown.
“Será que o governo atenta para quantos CPFs existem por trás dos CNPJs? Estamos aniquilados, precisando tomar soro. Temos que trabalhar, que retomar, mas preservando vidas sempre. Não temos liquidez, tampouco previsibilidade nesse momento”, desabafa o líder da Federação Nacional da Distribuição de Veículos.
Para Alarico Assumpção Jr., o momento atual é bem mais complexo do que há um ano. Além da falta de componentes essenciais, o que fez a GM e a Honda paralisarem suas fábricas, as concessionárias estão proibidas, portanto, de abrir as portas em vários estados, mesmo cumprindo protocolos sanitários. Para completar, o ICMS disparou em São Paulo.
“Como vamos pagar a conta? Não fecha. Tem custo de estrutura, quadro de colaboradores, pagamos outros impostos. Não tem orçamento e operação que comporte este cenário. Segundo o presidente da Fenabrave, o país tem atualmente 7.300 concessionárias presentes em 1.050 municípios e responsável, dessa forma, por 320 mil empregos diretos. Deste total, 1.800 revendas ficam em São Paulo, que responde, assim, por quase 30% dos negócios.
Do Jornal do Carro