“Aos poucos, mesmo que tarde, a história vai mostrando as injustiças contra a presidenta Dilma”

A ex-presidenta Dilma Rousseff foi absolvida por unanimidade pelos ministros do TCU (Tribunal de Contas da União), no dia 14, pelos prejuízos na compra da refinaria norte-americana de Pasadena pela Petrobras. Na época, Dilma era ministra de Minas e Energia e presidenta do Conselho de Administração da estatal.

Foto: Roberto Stuckert Filho

“Aos poucos, mesmo que tarde, a história vai mostrando as injustiças cometidas contra a presidenta Dilma. Ela mesma afirmou que a história provaria isso. Dilma foi vítima de um golpe, construído em cima de denúncias falsas para incriminá-la e encontrar caminhos para o impeachment”, destacou o vice-presidente do Sindicato, Claudionor Vieira do Nascimento.

“Desde aquele tempo, já sabíamos que essas denúncias não eram verdadeiras, mas agora fica claro que existiram ali excessos. É importante que tenha saído essa comprovação, através de decisão judicial, mas ninguém vai reparar os danos que ela sofreu do ponto de vista da sua história”, reforçou.

O dirigente lembrou que tudo fazia parte de um grande plano para tirar a esquerda do poder e transformar o país nisso que está se vendo agora com aumento de miséria, desemprego e falta de credibilidade e respeito no cenário internacional.

“Esse crime contra a democracia, puxado pela direita brasileira, levou as pessoas a desacreditarem na política e isso pariu esse monstro que hoje governa o país. Esse genocida que não tem compromisso com o povo, ele sim já cometeu crimes mais que suficientes para ter um processo de impeachment, mas providências ainda não foram tomadas. Agora é preciso fazer justiça nas urnas e lembrar que não foi no governo Dilma que se retirou direitos nem que se aumentou a miséria e a fome”, concluiu.

Entenda o caso

Em 2006, Dilma integrava o Conselho de Administração da estatal e votou pela compra da refinaria de Pasadena. A Petrobras fez o pagamento de US$ 360 milhões por 50% do ativo junto à empresa belga Astra Oil por US$ 42,5 milhões. Já em 2007, a estatal brasileira e a Astra firmaram um acordo, pelo qual a Petrobras se comprometia a comprar a outra metade, no valor de US$ 788 milhões.

O documento foi assinado por Nestor Cerveró. Entretanto, em 2008, o Conselho de Administração, presidido por Dilma, negou ter dado aval à ideia, e o caso foi parar na Justiça. Dilma alegava que não teve acesso a todas as informações necessárias para a aquisição. O negócio foi alvo de uma série de investigações da Operação Lava Jato, mas nenhuma acusação foi feita contra a ex-presidenta.

Com informações do Conjur.