Aniversário de 62 anos do Sindicato é marcado por ato “Combustível a preço justo”
Para denunciar os altos preços praticados pelo governo Bolsonaro, Metalúrgicos do ABC e petroleiros promovem ação com gasolina a R$3,50/l
Durante todo o dia de ontem, aniversário de 62 anos do Sindicato, os sócios dos Metalúrgicos do ABC, petroleiros e entregadores de aplicativos formaram filas para encher o tanque a R$ 3,50 o litro da gasolina comum. O preço é o considerado justo pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), com base em dados científicos. Hoje o litro da gasolina é comercializado a mais de R$ 5,40.
O secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges, explicou que a ação realizada em conjunto com os petroleiros teve o objetivo de mostrar que o preço da gasolina poderia ser mais barato se fosse praticada uma política de preço justo para o consumidor.
“O Brasil não é importador de petróleo, não faz parte da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), é autossuficiente. Por que temos que seguir o preço internacional? O governo faz isso para privilegiar os acionistas da Petrobras”.
O dirigente destacou a importância da estatal e que a luta para preservação da Petrobras como empresa nacional deve ser de todos os brasileiros.
“A Petrobras é um patrimônio do país. Países sérios jamais abririam mão de uma empresa do potencial e da tecnologia que tem a Petrobras. Privatizar é entregar a riqueza do Brasil para o capital estrangeiro. Não podemos abrir mão desse patrimônio, a luta contra a privatização da Petrobras tem que ser feita por todos os trabalhadores”.
“Este Sindicato, que tem uma história de luta, conquistas e lágrimas, demonstra que não perdeu e não perderá o seu DNA. O Sindicato nasceu para estar junto dos trabalhadores e lutar para que todos, não só os metalúrgicos, possam ter uma vida digna e ser felizes”, finalizou.
Política de preço justo
Durante toda a atividade, metalúrgicos e petroleiros conversaram com os motoristas sobre a política de preço justo.
“Nós temos dados científicos que mostram que é possível uma política de preço ser aplicada de forma diferente do que é hoje, e que a gasolina poderia ser vendida no nosso país por R$ 3,50 e todos sairiam ganhando”, declarou o diretor do Sindipetro-SP (Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo), Auzélio Alves.
“Por isso estamos na rua dialogando com toda a população mostrando que é possível mudar a política de combustíveis do nosso país”, concluiu.