Ex-ministros Pazuello e Ernesto Araújo depõem na semana mais esperada da CPI da Covid

A terceira semana de depoimentos à CPI da Covid começa hoje com a presença do ex-ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo.

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Os senadores querem saber sobre os atritos com a China criados durante sua gestão e como isso impactou negativamente na compra de insumos para a produção de vacinas. O ex-chanceler chegou a usar a expressão “comunavírus”.

Outro ponto que deve ser explorado é a viagem a Israel, em março, quando Bolsonaro enviou Araújo ao Oriente Médio, com uma comitiva, para se informar sobre um spray que o próprio presidente na ocasião afirmou desconhecer, mas que “parece um produto milagroso”.

Pazuello

Já o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que depõe amanhã após tentativas de não comparecer à CPI de forma presencial, conseguiu o direito de não ter que produzir provas contra si. Mas, na condição de testemunha, terá que falar sobre ações de terceiros, o que poderá recair sobre Bolsonaro.

O depoimento é um dos mais esperados, já que ele foi o ministro que ficou mais tempo no cargo, oito meses. Foi durante a gestão dele que a Pfizer fez as ofertas de vacina para o Brasil e que ficaram sem respostas. Ele também deve ser perguntado sobre a gestão da crise da falta de oxigênio no Amazonas.

Na quinta-feira, 20, é a vez de Mayra Pinheiro, secretária de gestão do Trabalho e da educação na saúde do Ministério da Saúde. A médica é conhecida como “Capitã Cloroquina”. 

435 mil mortes

O Brasil chegou a 435.823 vidas perdidas para a Covid-19. A média móvel em uma semana foi de 1.915 mortes por dia, variação de -19% em relação aos dados de duas semanas. O total de casos foi de 15.625.218, com média móvel de 63.286, variação de +5%, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

O Estado de SP registrou 104.295 óbitos e 3.096.845 casos. A ocupação dos leitos de UTI na Região Metropolitana está em 76,6%, de acordo com a Fundação Seade.

No ABC, as mortes chegaram a 7.395, com média móvel de 39 óbitos por dia e variação de +20% em duas semanas. Foram 185.589 casos, com média de 513 novos registros por dia e variação de -20%, segundo a ABC Dados.