Metroviários entram em greve em defesa dos direitos

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O Metrô de São Paulo amanheceu ontem com a maioria de suas operações paralisadas. A categoria defende reajuste salarial, que não recebe há dois anos, a PR (Participação nos Resultados), que levou calote do governo em 2019 e 2020, e contra a retirada de direitos.

Os metroviários de SP reforçaram ainda que somente a alta chefia, contratada sem concurso público, ganha os salários médios de R$ 9 mil alegados pelo governo do Estado. Um agente de estação tem salário inicial de R$ 2.295.

A greve foi decidida em assembleia no dia anterior diante da intransigência do governo do Estado e de diversas tentativas de negociação. A Companhia não compareceu à audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A mediação buscava solucionar o impasse nas negociações.

O diretor do Sindicato dos Metroviários de SP, Marcos Freire, destacou em vídeo que a luta já vem desde abril.

“Tentamos negociar com governo do Estado, que de forma muito autoritária, se recusa a fazer proposta de negociação. A greve é direito dos trabalhadores, de reivindicar o mínimo, queremos simplesmente a reposição da inflação e a manutenção do acordo coletivo”, disse.

“O governo também faz leilão da sede do sindicato, em mais um ataque muito baixo ao querer atacar a própria organização dos trabalhadores metroviários. A nossa luta é justa, não é em benefício dos metroviários, mas para manter um serviço de excelência e de qualidade para a população”, reforçou. 

Os Metroviários de SP destacaram ainda que seguiram atuando normalmente, colocando suas vidas em risco, desde o início da pandemia. Segundo o Sindicato, são cerca de 700 casos confirmados de Covid-19 na categoria, com 25 mortes.

Com informações da Rede Brasil Atual