Com aumento de mulheres na produção, companheiras na Rassini conquistam vestiário

As trabalhadoras na Rassini, em São Bernardo, agora têm um vestiário adequado só para elas. O espaço pleiteado pelo Sindicato, uma demanda das companheiras, foi inaugurado na última sexta-feira, 4.

Foto: Adonis Guerra

O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, lembrou que o número de mulheres na produção vem aumentando, o que contribuiu para que a demanda fosse atendida.

“A partir de diálogos com os representantes do Sindicato, a cultura da empresa vem mudando. Até janeiro deste ano, não havia mulher trabalhando na produção, hoje já são 10 companheiras no setor. A demanda delas foi atendida e agora elas têm um vestiário muito bem planejado. Isso é sinal de inclusão. Queremos que elas ocupem cada vez mais espaços, nas fábricas, na nossa categoria e na política”.

As trabalhadoras também comentaram a conquista.

Foto: Adonis Guerra

“A gente usava um vestiário que não era nosso, era do quiosque usado quando tinha festa na empresa. Esse vestiário é uma conquista muito importante tanto pra gente da limpeza, quanto para as meninas do chão de fábrica. Hoje temos espelho, armários novos, podemos tomar banho tranquilas, estou muito feliz”, contou Eliana de Abreu, que trabalha há mais de 14 anos na fábrica como faxineira, há oito anos deixou de ser terceirizada e foi efetivada.

“No começo era estranho porque era só eu de mulher, mas o pessoal lá é muito respeitador. Em relação ao vestiário, foi ótimo, agora temos o nosso espaço do jeito que a gente precisa. É importante que sejam dadas as mesmas condições neste sentido para homens e mulheres”, declarou Leonor Maria de Souza Cunha, a primeira contratada na produção em janeiro deste ano.

O coordenador do CSE na Rassini, Antônio Elandio Bezerra, o Nando, contou que após a luta dos Metalúrgicos do ABC para a permanência da fábrica em São Bernardo, no final do ano passado, houve muitos progressos.

“Além da contratação de mulheres, a fábrica também vem contratando imigrantes, jovens que buscam o primeiro emprego e pessoas com mais de 40 anos, tudo com base em diálogos estabelecidos com a representação do Sindicato”.