CPI da Covid: Envolvimento de Bolsonaro no escândalo da vacina Covaxin é “muito mais grave”
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o envolvimento de Bolsonaro no escândalo é “muito mais grave” do que apenas a suspeita de prevaricação. “Ele não só teve conhecimento. Ele participou em todos os momentos”, afirmou.
Depoimento
O primeiro depoimento desta semana foi do deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB). Ele foi relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa do Estado em 2020.
O governo do Amazonas é alvo de investigações coordenadas pela Polícia Federal referentes a fraudes em aquisições emergenciais e desvio de recursos públicos destinados ao enfrentamento da pandemia.
A expectativa era de que o parlamentar pudesse contribuir com informações sobre a crise de desabastecimento de oxigênio em Manaus, contudo, Fausto Junior afirmou que o tema não entrou no seu relatório, concluído ainda em setembro do ano passado. Também se esquivou quando perguntado por que não houve o pedido de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
Agenda
Para esta semana estão agendados dois depoimentos bastante aguardados. Carlos Wizard, apontado como financiador do gabinete paralelo, será ouvido hoje. Após fugir da CPI, ele teve o passaporte retido pela Polícia Federal.
Amanhã será ouvido Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que intermediou as tratativas para a compra da Covaxin.
Prevaricação
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber encaminhou na segunda-feira à PGR (Procuradoria-Geral da República) o pedido feito por três senadores para investigar Bolsonaro por suposto crime de prevaricação envolvendo a compra da Covaxin, vacina da farmacêutica indiana Bharat Biotech.