CPI: Ex-diretor nega negociação de vacinas e tem prisão decretada por mentir
O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, em depoimento à CPI da Pandemia ontem, confirmou que se reuniu oficialmente com o reverendo Amilton Gomes de Paula para tratar de uma oferta de 400 milhões de vacinas da AstraZeneca. Porém, negou a negociação de vacinas, assim como fez no caso do representante da Davati Medical Suply, Luiz Paulo Dominguetti.
Por constatar que o depoente mentiu diversas vezes durante a sessão, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), determinou a detenção de Roberto Dias no fim da tarde.
“Ele vai ser recolhido agora pela polícia do Senado. Ele está mentindo desde a manhã, dei chance para ele o tempo todo. Pedi por favor, pedi várias vezes. E tem coisas que não dá, os áudios que temos do Dominguetti são claros”, afirmou.
“Incidental”
Dias disse mais cedo que não marcou encontro com o suposto representante da Precisa Medicamentos e que o jantar ocorrido em um shopping de Brasília foi “incidental”.
Relatou ter marcado um chope com um amigo, quando o coronel Marcelo Blanco, que também trabalhou no Ministério, acompanhado de Dominguetti. Foi nessa ocasião que teria ocorrido o pedido da suposta propina, o que Dias negou.
Nos dois casos, Dias alegou que se tratava apenas de confirmar a “existência” das supostas doses ofertadas e que as conversas não evoluíram, já que nenhum dos dois possuía carta de representação do fabricante.
527 mil mortes
O Brasil registrou 527.016 vidas perdidas para a Covid-19, com média móvel de 1.557 mortes por dia na última semana, variação de -19% em duas semanas. O total de casos chegou a 18.854.806, com média de 48.954 por dia, variação de -37%. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.
Com informações da Rede Brasil Atual.