Falta de modelos 0 km aquece mercado de carros usados
Segmento segue com desempenho melhor, registrando alta de quase 63% no semestre
Com a baixa oferta de carros O km em função dos gargalos na produção decorrentes da falta de semicondutores, o mercado de veículos usados segue com números mais favoráveis do que o de novos este ano. As vendas de carros e comerciais leves seminovos e usados chegou a 993,2 mil unidades em junho, totalizando 5,45 milhões no primeiro semestre, com alta de 62,9% sobre as 3,34 milhões transacionadas no mesmo período de 2020.
O índice de crescimento é bem maior do que o verificado no segmento de 0 km, que foi de 39,1% no mesmo comparativo. Vale lembrar que nos dois casos a base de comparação do ano passado foi comprometida pelo fechamento de lojas, concessionárias e até mesmo unidades do Detran por causa da eclosão da pandemia da Covid-19 no País.
Com relação a maio, o mercado de veículos leves novos retraiu 3,3% em função da redução da oferta das montadoras, que em sua maioria tem paralisado produção esporadicamente ou mesmo em tempos mais longos, como é o caso da General Motors em Gravataí, RS, devido ao desabastecimento de componentes. No mesmo comparativo, o segmento de usados apresentou pequena evolução de 1,7%.
Do total de automóveis e comerciais leves transacionados em junho, os modelos seminovos, aqueles com até três anos de fabricação, representaram 11,8% do volume comercializado. No acumulado do ano, esse índice ficou em 10,8%, conforme dados divulgados na terça-feira, 6, pela Fenabrave. O balanço da entidade indica que o mercado total de usados, incluindo também veículos pesados e motocicletas, atingiu 7,3 milhões de unidades no primeiro semestre deste ano, volume 63% superior ao obtido em idêntico período do ano passado, que ficou na faixa de 4,5 milhões.
Do AutoIndústria