CPI: “Não dá para ter sucesso na imunização sem vacina e comunicação”

Em depoimento prestado ontem à CPI da Covid, a ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana Fantinato, afirmou que a ausência de vacinas e a falta de comunicação do governo federal impediu que a campanha de imunização fosse efetiva.

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“Para um programa de vacinação ter sucesso, é necessário ter vacina e campanha de comunicação efetiva e, infelizmente, não tive nenhum dos dois”, declarou.

“É uma evidência que a vacinação tem resultado, mas quando é colocada em dúvida, por causa de uma politização, pode haver prejuízo para a campanha de vacinação. A politização da vacina chegou num limite que me fez caminhar pelas minhas questões pessoais”, completou.

Elcio Franco

Francieli Fantinato também afirmou que o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, mandou retirar a população privada de liberdade do grupo prioritário no calendário de vacinação contra a Covid-19. Segundo ela, a mudança foi solicitada no começo de dezembro do ano passado, quando o plano ainda estava em elaboração.

“Foi solicitada a retirada desse grupo, mas me neguei. Se eles resolvessem retirar, eu disse que seria sem aval do PNI. A secretaria-executiva tinha autonomia para essa decisão”, disse.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) declarou que Elcio precisa voltar à CPI. “Elcio manda tirar grupos prioritários, manda tirar apresentação de powerpoint e negocia vacinas. Precisamos ouvi-lo novamente”.

Em seguida, o senador Randolfe Rodriges (Rede-AP) disse que não tem dúvidas de que Elcio Franco “deve constar como um dos indiciados da CPI da Covid”.

Com informações da Rede Brasil Atual.