Semicondutores afetam 14 fábricas no Brasil, com perda de produção de 220 mil veículos
Consultoria AFS apresenta levantamento estimando que somente GM deixará de produzir 165,5 mil carros no Brasil até o fim de julho
O tamanho do estrago resultante da falta de semicondutores na produção de veículos não para de crescer no Brasil. Segundo acompanhamento regular da consultoria Auto Forecast Solutions (AFS), dos Estados Unidos, o País já tem oito fabricantes com 14 fábricas afetadas de alguma maneira pela escassez de chips desde março, que já levaram a reduções ou paralisações das linhas de 41 modelos.
As perdas somadas até agora são de quase 200 mil unidades que deixaram de ser produzidas, número que deve subir para 220 mil levando-se em conta as interrupções já anunciadas até o fim de julho. Somando todas as paradas ou cadência reduzida, a AFS estima perda equivalente a 270 dias de operações.
Mais da metade dos volumes perdidos são da General Motors, até agora a fabricante mais afetada no Brasil pela falta de semicondutores essenciais à produção de veículos. O segundo fabricante no Brasil mais afetado pela falta de componentes eletrônicos é a Volkswagen, que entre maio e este mês precisou cortar turnos ou interromper a produção em suas três linhas de montagem de veículos, incluindo São Bernardo do Campo e Taubaté, ambas em São Paulo, e São José dos Pinhais (PR).
As perdas calculadas até agora pela AFS estão baseadas nas paralisações ou reduções de produção conhecidas informadas pelas fabricantes de veículos até o momento. Esses números tendem a subir nos próximos meses, como novos anúncios e mais fábricas que podem entrar na lista das afetadas, já que boa parte dos analistas alerta que o problema da falta de semicondutores deve se arrastar pelo resto de 2021 e parte de 2022, com alguma normalização do fornecimento esperada só a partir do segundo trimestre do próximo ano.
Do Automotive Business