Volkswagen prevê vendas de até 2 mil caminhões elétricos por ano

Os primeiros veículos do tipo da montadora no Brasil já têm encomendas da JBS, Coca-Cola e Ambev

Pela menor dependência de uma rede de postos de recarga nacional, a Volkswagen Caminhões e Ônibus optou por abrir pelo segmento urbano, onde as distâncias entre o ponto de partida e o ponto de entrega são menores, a sua investida na eletrificação de veículos comerciais. A expectativa da montadora é, num primeiro estágio de introdução da tecnologia, vender entre 1.000 e 2.000 caminhões elétricos por ano.

Mas o e-Delivery, como foi batizada a linha dos primeiros caminhões 100% elétricos montados no Brasil, já nasce com intenção de compras de 1,6 mil unidades pela Ambev até 2025, junto com encomendas feitas por Coca-Cola Femsa (20 veículos) e JBS (uma unidade), além de outras 58 empresas interessadas em introduzir veículos de carga movidos a energia elétrica em suas frotas.

Ainda que o valor possa variar de acordo com a configuração do veículo, um preço de referência seria algo ao redor de R$ 750 mil, duas vezes e meio mais caro do que um caminhão equivalente movido a diesel. O argumento da montadora para convencer transportadoras a investir no e-Delivery é de que a economia de combustível “paga” em cinco anos a diferença de preço, explicada, principalmente, pelo custo da bateria importada da China.

Na avaliação do presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, a tecnologia de propulsão elétrica pode, em cinco anos, chegar perto de um terço da produção da linha urbana, dado que o segmento, de onde sai praticamente um em cada cinco caminhões vendidos no Brasil, depende menos de uma infraestrutura nacional de recarga das baterias.

Da CNN Brasil