Senador aponta ‘associação de coronéis’ na compra de vacinas
O representante de vendas da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, relatou à CPI da Covid, ontem, a participação de uma série de coronéis das Forças Armadas em negociações suspeitas para a compra de vacinas contra a Covid-19. A atuação desses militares, dentro e fora do governo, foi destacada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).
“Estamos falando do coronel Guerra, do coronel Boechat, do coronel Élcio Franco, do coronel Hélcio Bruno. Ou seja, temos uma associação de vários coronéis em torno dessa operação Tabajara”, ressaltou o senador.
Cristiano relatou que, no dia 12 de março, participou de reunião que contou com a presença dos militares citados.
Oferta fraudulenta
A empresa ofereceu ao governo brasileiro milhões de doses dos imunizantes da AstraZeneca, mas a própria AstraZeneca negou relação com a Davati. Também foram oferecidas vacinas da Janssen ao Ministério da Saúde. O governo canadense investiga a Davati por suposta oferta fraudulenta.
‘Comissionamento’
O policial militar Luiz Paulo Dominguetti denunciou ter recebido pedido de propina de 1 dólar por vacina em negociação para a aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca. A solicitação teria sido feita pelo ex-diretor do departamento de Logística do Ministério Roberto Ferreira Dias.
Cristiano disse não ter tomado conhecimento desse pedido de propina. Mas relatou que Dominguetti se referiu a um pedido de “comissionamento”. “Ele se referiu a esse comissionamento sendo do grupo do tenente-coronel Blanco e da pessoa que o tinha apresentado ao Blanco, que é de nome Odilon”.
Com informações da Rede Brasil Atual