População se une para salvar o futuro do Brasil
A união de um Brasil que não aguenta mais os absurdos cometidos pelo governo Bolsonaro tomou as ruas em mais de 500 atos espalhados pelas principais cidades do país, realizados no último sábado, 24.
Além do impeachment de Bolsonaro por crimes contra a democracia e contra a vida, os manifestantes denunciaram em faixas e cartazes os pedidos de propina nas negociações para compra de vacinas e exigiram pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. As lutas por emprego, contra a reforma Administrativa e contra as privatizações também estavam presentes.
O diretor Administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, destacou que além de pressionar pelo impeachment, as mobilizações têm o papel de manter a vigília pelos direitos que ainda restam.
“Um papel muito importante é não permitir que, enquanto continuar na presidência, Bolsonaro termine de achincalhar com os direitos dos trabalhadores, com a população mais vulnerável e de promover a entrega do Estado brasileiro. Também é papel dessas mobilizações, manter a vigília da preservação dos direitos que restaram, da preservação dos povos indígenas, das minorias, da soberania nacional, da democracia e de todo o bem público”.
Pressão no parlamento
O dirigente também lembrou que o povo nas ruas ajuda a pressionar os parlamentares pelo impeachment.
“Além da pressão pelo ‘Fora Bolsonaro’, tem a pressão sobre o parlamento para votar o impeachment, não só sobre Arthur Lira, mas também para os deputados e senadores votarem a favor”.
550 mil mortos
Nesta terça-feira, o Brasil já terá alcançado a trágica marca dos 550 mil mortos pela Covid-19. Até o fechamento desta edição, o consórcio de veículos de imprensa, contabilizava 549.999 óbitos desde o início da pandemia.
Durante os atos, os manifestantes homenagearam as vítimas. Pessoas levaram cartazes lamentando a morte de parentes que não tiveram tempo de esperar a vacina ou que o tratamento com remédios ineficazes recomendado por Bolsonaro matou um parente.
“Os atos continuarão acontecendo como forma de pressionar o responsável pela tragédia que estamos vivendo no país, seja pela quantidade de mortos, seja pela falta de leitos e oxigênio, pela falta e atraso na entrega das vacinas que poderiam ter salvado muitas dessas vidas, seja pelo desemprego, pela miséria que o povo está vivendo. O grande responsável é o atual presidente. Manter as mobilizações é estratégico para tirá-lo e, a partir do momento em que tiramos, conseguimos ter perspectiva de melhoria e retomada do futuro do nosso país”, concluiu.