Financeira envolvida na negociação da Covaxin foi aberta com um laranja

A CPI da Covid recebeu ontem o presidente-diretor da FIB Bank, Roberto Pereira Ramos Junior, empresa envolvida na negociação entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.

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A compra da vacina Covaxin, intermediada pela Precisa Medicamentos, só foi possível após um termo de garantia no valor de 5% do total contratado, R$ 80,7 milhões. Porém, a farmacêutica apresentou uma carta-fiança irregular emitida pelo FIB Bank. Roberto Pereira disse à CPI que o custo para emissão da carta-fiança foi de R$ 500 mil e a Precisa teria antecipado R$ 350 mil.

Em outro momento, o presidente do FIB Bank negou relação com o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) e também disse não conhecer Francisco Maximiano, sócio da Precisa. Os senadores Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues duvidaram da resposta. “Como você dá respaldo a um contrato de mais R$ 1 bilhão, e nem conhece a pessoa?”, questionou Randolfe.

Laranja

Durante a sessão, foi exibido um vídeo com depoimento de Geraldo Rodrigues Machado, o ‘Geraldão’. Na declaração, Geraldo explica que, ao tentar financiar uma moto, descobriu que foi usado como “laranja” para a fundação da Fib Bank e que tenta reverter a situação na Justiça. Ele afirmou nunca ter participado da criação e que teve sua assinatura falsificada.

Banco que não é banco

Roberto Pereira afirmou que o FIB Bank não é um banco, mas uma sociedade anônima. Os senadores se indignaram com as declarações do depoente, quando afirmou que sua empresa é de pequeno porte, mas seu capital social é de R$ 7,5 bilhões.

Convocação

A comissão aprovou um requerimento do Randolfe Rodrigues para a convocação do motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva, apontado como responsável por sacar R$ 4,7 milhões em espécie, na boca do caixa, para a VTCLog. Investigada pela comissão, a empresa teria movimentado R$ 117 milhões nos últimos dois anos em operações consideradas suspeitas.

Com informações da Rede Brasil Atual