CPI retoma sessões com líder de Bolsonaro na mira

Se não houver “imprevistos”, a retomada da agenda da CPI da Covid prevê para hoje o aguardado depoimento do advogado e empresário Marcos Tolentino.

Foto: Divulgação

Segundo a CPI, ele é sócio oculto do FIB Bank, empresa que aparece como avalista do contrato da Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde na negociação da vacina indiana Covaxin.

Amigo do líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), Tolentino era esperado no início do mês, mas, alegando “mal-estar”, internou-se na véspera e enviou um atestado médico à comissão para justificar sua falta.

Amanhã, a comissão realiza a oitiva de Marconny Albernaz de Faria, suposto lobista da Precisa. Como Tolentino, Faria também não compareceu ao depoimento. “Coincidentemente”, também enviou um atestado médico, com validade de 20 dias, no qual alega “dor pélvica”.

Os atestados, emitidos pelo Hospital Sírio-Libanês, foram para a CPI no mesmo dia. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), telefonou para a diretoria da instituição e afirmou que o Sírio-Libanês não podia “acobertar criminosos e emitir atestados falsos”. Em seguida, o atestado de Marconny foi cancelado pelo próprio médico que o concedeu.

Auditor suspenso

O auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), Alexandre Figueiredo Marques, foi suspenso por 45 dias, após produzir um relatório falso sobre uma suposta supernotificação de mortes por Covid-19 no país.

O documento foi repassado ao presidente Jair Bolsonaro, que divulgou nas redes sociais. O relatório foi feito pelo auditor em julho e o TCU imediatamente esclareceu que o material não tinha legitimidade, pois não fora produzido pelo próprio tribunal. Durante a suspensão, o auditor não receberá salário.

Com informações da Rede Brasil Atual